
O Festival de Parintins 2025 reservou um momento mágico na noite de ontem, quando a Sinhazinha do Caprichoso subiu ao palco do Bumbódromo em uma das apresentações mais emocionantes da edição. Vestida com um deslumbrante traje que a transformou em uma Vitória-Régia, a personagem homenageou os contadores de histórias tradicionais da Amazônia, guardiões da rica cultura oral da região.
Um espetáculo que encantou o Bumbódromo
Com movimentos graciosos que lembravam a planta aquática símbolo da Amazônia, a Sinhazinha interpretou uma narrativa visual que celebrou a tradição dos narradores regionais. O figurino, ricamente detalhado com tons de verde e rosa, se abria como as pétalas da Vitória-Régia ao amanhecer, enquanto projeções mapeadas criavam efeitos de água ao seu redor.
A importância dos contadores de histórias
A apresentação foi uma reverência aos mestres da cultura popular que mantêm viva a tradição oral amazônica:
- Os pajés e anciões indígenas
- Os repentistas e cordelistas
- Os mestres de lendas e mitos regionais
- Os brincantes de folguedos populares
Segundo o diretor artístico da apresentação, "a Sinhazinha como Vitória-Régia representa a conexão entre a natureza e a cultura, entre as águas que banham nossa região e as histórias que fluem como rios".
O significado por trás da alegoria
A Vitória-Régia foi escolhida como símbolo por diversos motens:
- Sua resistência e beleza refletem a cultura amazônica
- Suas grandes folhas flutuantes lembram páginas de livros abertos
- Seu ciclo de abertura e fechamento representa o eterno renascimento das histórias
A apresentação terminou com a Sinhazinha sendo erguida por dançarinos que simulavam as águas do Rio Amazonas, enquanto narrava um trecho do mito da Vitória-Régia, arrancando aplausos emocionados do público.