Quadrilhas estilizadas roubam a cena no encerramento do 49º Festival Folclórico de Santarém
Quadrilhas estilizadas brilham em festival folclórico no Pará

Não foi preciso muito para o público perder o fôlego. Num espetáculo de cores, ritmo e movimento, as quadrilhas estilizadas transformaram o último dia do 49º Festival Folclórico de Santarém numa verdadeira celebração da cultura popular. E olha que a galera não veio só pra assistir - veio pra participar, gritar, cantar junto e, claro, se emocionar.

Quem esperava aquela coisa engessada de festa junina tradicional se surpreendeu. As coreografias? Impecáveis. Os figurinos? De cair o queixo. E a energia? Nem se fala - dava pra sentir a vibração a quilômetros de distância. "Parece que eles treinaram o ano inteiro só pra esses 15 minutos no palco", comentou uma espectadora, ainda ofegante depois de acompanhar uma das apresentações mais animadas.

Inovação sem perder a essência

O que mais chamou atenção foi como os grupos conseguiram equilibrar tradição e modernidade. Tem aqueles passos clássicos que todo mundo conhece, mas com um tempero contemporâneo que deixou tudo mais... como dizer? Menos quadrado. Algumas quadrilhas trouxeram até elementos de dança urbana, sem medo de ousar.

E os temas? Cada grupo com sua narrativa - uns contando histórias do folclore regional, outros fazendo críticas sociais inteligentes, tudo embalado naquele forró pegajoso que não dá pra ficar parado. "A gente quis mostrar que quadrilha não é coisa do passado", explicou o coordenador de um dos grupos, suando a camisa depois da apresentação.

Público correspondendo à altura

Mas não foram só os dançarinos que deram show. O público - ah, o público! - fez sua parte com entusiasmo que contagiava até os mais tímidos. Crianças, adultos, idosos, todos juntos na mesma sintonia, torcendo, aplaudindo, assobando quando a coreografia ficava particularmente impressionante.

E tem aqueles momentos que marcam: quando uma das quadrilhas fez uma homenagem aos ribeirinhos da região, não teve quem não arrepiasse. Ou quando outro grupo "acidentemente" deixou cair um chapéu durante uma virada complicada e incorporou o erro na coreografia, arrancando risadas e aplausos ainda maiores.

No final, o que ficou foi aquela sensação gostosa de dever cumprido - tanto pelos organizadores, que mantêm viva essa tradição há quase meio século, quanto pelo público, que lotou o espaço até a última fileira. E agora? Agora é começar a contar os dias pro aniversário de 50 anos, que promete ser ainda mais épico.