
Quem diria que a farda também veste sonhos? Em Montes Claros, a Polícia Militar tá botando a mão no bolso pra dar um gás na cena cultural da cidade — e olha que não é pouco não. Tão falando em quase R$ 300 mil investidos em projetos que misturam arte, educação e até inclusão social. Dá pra acreditar?
Arte que transforma (e a PM tá vendo)
Parece que alguém na corporação entendeu que violão pode ser tão poderoso quanto revólver. Dois projetos foram escolhidos a dedo pra receber uma grana preta:
- "Música na PM" — Oficinas pra criançada aprender instrumentos musicais. Tá tirando moleque da rua e botando pra tocar Bach.
- "Dançando com a PM" — Balé e dança contemporânea em comunidades carentes. Sim, você leu certo: farda ensinando plié.
"A gente sabe que cultura é prevenção", soltou o Major Silva (que, pasme, toca violoncelo nos fins de semana). Segundo ele, desde que esses projetos começaram, as ocorrências caíram 15% nas áreas atendidas. Coincidência? Acho que não.
Efeito dominó cultural
O negócio tá fazendo tanto barulho que outros patrocinadores tão aparecendo. Aquele teatro abandonado perto da praça? Vai virar centro cultural. A galera do grafite? Ganhou parede pra pintar. Até os camelôs tão vendendo mais — afinal, público de evento cultural sempre dá uma fominha depois, né?
E olha o detalhe: os policiais tão se envolvendo pra valer. Tem cabo dando aula de percussão, soldado organizando sarau... Quem vê, não imagina que esses mesmos caras passam o dia lidando com criminalidade.
Será que essa moda pega? Se depender dos moradores — que tão lotando os eventos —, Montes Claros pode virar case nacional. Quem sabe outras cidades não copiam a ideia? Afinal, como dizia um velho sargento por aí: "Melhor gastar com arte do que com ambulância".