Glocal Amazônia: Último Dia Consagra Turismo Sustentável e Cultura no Coração da Floresta
Glocal Amazônia: cultura e turismo sustentável em foco

Não foi um simples encerramento. Foi, na verdade, uma celebração barulhenta, cheia de cores e sons que ecoaram bem além do centro de convenções em Manaus. O último dia do Glocal Amazônia 2025 escancarou o que muitos já suspeitavam: o verdadeiro potencial da região pulsa no coração da floresta e nas mãos de quem nela vive.

O debate principal – e que rendeu papos pra muita hora – girou em torno de uma ideia que parece óbvia, mas que sempre precisou ser dita em alto e bom som: o turismo sustentável não é uma tendência, é a única saída. Especialistas e, o mais importante, comunidades tradicionais, mostraram que é perfeitamente possível gerar renda sem precisar dar um único passo atrás na conservação. Aliás, é justamente o contrário.

Economia que Borbulha da Floresta

Quem circulou pelos estandes viu de perto a criatividade fervilhando. Artesanato que conta histórias, biojóias que carregam pedacinhos da biodiversidade, e sabores que são uma viagem sensorial direta para o interior do Amazonas. A economia criativa amazônica é um baú de tesouros ainda pouco explorado, e o evento funcionou como uma chave.

Parece que finalmente estamos entendendo que desenvolvimento não é sinônimo de concreto e ferrugem. É sobre valorizar o que já existe, de forma inteligente e, claro, sustentável. Aquele papo de 'unir o útil ao agradável' ganhou uma roupagem nova e urgente.

O Futuro é Glocal

O tal conceito 'glocal' – pensar global, agir local – saiu do papel e ganhou vida em Manaus. O evento mostrou que as soluções para os grandes desafios globais, quem diria, estão nos conhecimentos locais. São as comunidades indígenas e ribeirinhas, com seu saber ancestral, que podem nos ensinar a preservar e, de quebra, prosperar.

O legado que fica? Vai muito além dos três dias de evento. Fica a sensação de que algo mudou, um sentimento de otimismo cauteloso – mas real. Fica a certeza de que a Amazônia não é um problema a ser resolvido, mas a resposta para muitas perguntas que o mundo ainda nem se fez.

O Glocal Amazônia 2025 acabou. Mas o trabalho, esse, só está começando. E a impressão que dá é que todo mundo saiu de lá com uma missão: fazer com que essa conversa não pare nunca mais.