
Imagine uma explosão de cores, perfumes e alegria tomando conta das ruas — foi exatamente isso que aconteceu em Medellín durante o icônico Desfile das Flores. A cidade, conhecida por sua eterna primavera, se superou mais uma vez, transformando avenidas em um verdadeiro tapete vivo de pétalas e folhagens.
Não foi só um desfile, foi uma celebração da identidade colombiana. Os silleteros, agricultores que carregam arranjos florais gigantes nas costas, roubaram a cena com criações que contavam histórias — algumas tradicionais, outras com toques modernos, todas de tirar o fôlego.
Mais que flores: uma festa para os sentidos
Quem pensa que o evento se resume a plantas está redondamente enganado. Bandas de música enchiam o ar de ritmos contagiantes, enquanto dançarinos em trajes típicos transformavam o asfalto em palco. E os carros alegóricos? Cada um parecia saído de um conto de fadas — só que melhor, porque real.
"É como se toda a energia boa da Colômbia se concentrasse aqui", comentou Juan Pablo, turista brasileiro que veio especificamente para o evento. E ele não exagerou: a atmosfera era tão contagiante que até os mais sérios acabavam dançando sem perceber.
Raízes que florescem
O desfile, que começou modesto nos anos 1950, hoje é ponto alto do calendário cultural da cidade. "Meu avô foi um dos primeiros silleteros", orgulha-se María Fernanda, participante de 22 anos. "Carregar essas flores é como carregar nossa história."
E que história! Alguns arranjos levavam até 80 horas para serem montados — trabalho minucioso que, por um dia, vira arte pública efêmera. "No final, tudo se vai", filosofa o artesão Roberto Alzate. "Mas a emoção fica."
Para quem perdeu, a boa notícia: o desfile já tem data marcada para o próximo ano. E se depender do entusiasmo dos moradores — que tratam o evento quase como um feriado religioso — a edição de 2026 promete ser ainda mais memorável. Quem sabe você não marca presença?