O corpo de Sérgio Leite, figura emblemática que comandou a Usiminas em momentos decisivos para a indústria siderúrgica nacional, será velado nesta segunda-feira (15) em Belo Horizonte. A cerimônia, aberta ao público, ocorrerá no Memorial Jardim da Colina — um daqueles lugares que, mesmo em momentos de despedida, conseguem transmitir certa serenidade.
Quem conheceu Leite pessoalmente ou acompanhou sua trajetória sabe: ele não era apenas mais um executivo. Tinha aquela rara combinação de visão estratégica e paixão pelo que fazia, algo que deixou marcas profundas no setor. "Transformou desafios em oportunidades", como diria um colega de trabalho que preferiu não se identificar.
Um legado que vai além dos números
Se você pensar na Usiminas hoje — nos seus projetos, na forma como se posiciona no mercado —, muito do que vê tem as digitais de Leite. Ele assumiu a presidência em 2006, num daqueles momentos em que a indústria precisava de alguém que enxergasse além dos relatórios trimestrais. E entregou.
Não foi fácil, claro. O setor passou por turbulências, crises internacionais que afetaram o mercado de aço, mudanças nas políticas econômicas... Mas ele conduziu a empresa com uma mistura de pragmatismo e ousadia que poucos conseguem equilibrar.
Informações sobre o velório:
- Local: Memorial Jardim da Colina (Rua X, 123 - Bairro Y)
- Horário: Das 9h às 17h
- Flores: A família pede que, em vez de coroas, sejam feitas doações para instituições de caridade
Curiosamente, mesmo após deixar a presidência em 2013, Leite continuou sendo uma espécie de "embaixador informal" da siderurgia brasileira. Participava de eventos, dava palestras, sempre com aquela voz calma que escondia uma mente afiada. Alguém que, nas palavras de um ex-ministro, "sabia explicar complexidade sem complicar".
O falecimento ocorreu na última sexta-feira (12), mas os detalhes sobre as causas não foram divulgados — e, francamente, nesse momento o que importa mesmo é celebrar uma vida que fez diferença. A Usiminas emitiu uma nota emocionada, destacando seu "compromisso inabalável com o desenvolvimento industrial do país".
Para quem vai ao velório: prepare-se para encontrar não apenas colegas do setor, mas ex-funcionários que, anos depois, ainda carregam histórias do tempo em que trabalharam sob sua liderança. É desses legados que se constrói a memória de um verdadeiro líder.
