Oruam Rebate Acusações em Carta Aberta: 'Sou Trapper, Não Traficante' — Entenda a Polêmica
Oruam em carta: 'Sou trapper, não traficante'

Não é todo dia que um artista resolve botar a boca no trombone — e de forma tão crua. Oruam, uma das vozes que mais ecoa nas quebradas do Rio, soltou uma carta aberta que tá dando o que falar. E olha, não foi nada editado, não. Puro sentimento na tela.

O rapaz, que já tinha virado notícia por outros motivos, decidiu cortar pela raiz: “Sou um trapper, não um traficante”. A frase, curta e grossa, veio carregada de uma frustração que qualquer um que já foi julgado antes da hora consegue sentir na pele.

O Peso das Palavras e das Acusações

Parece que a coisa azedou de vez depois que um vídeo antigo dele circulou por aí — desses que resurgram do passado feito fantasma. Nele, Oruam aparece ao lado de um suposto envolvido com o crime. Só que, cá entre nós, contexto é tudo. E o artista não deixou barato.

“Na época, eu era menor, inocente, e não fazia ideia do que aquela pessoa representava”, justificou, com uma sinceridade que raramente a gente vê por aí. E completou: “Hoje, meu nome tá manchado por uma associação que nunca existiu de verdade”.

Da Quebrada para o Mundo — Sem Volta

Oruam não nega as origens. Pelo contrário. Ele deixa claro que veio de um lugar difícil, onde as oportunidades são poucas e os rótulos, muitos. Mas reforça: a música foi sua válvula de escape. Sua tábua de salvação.

  • Música como profissão: “É isso que me sustenta, que paga minhas contas”.
  • Arte como identidade: “Não me chamem do que não sou. Respeitem minha história”.
  • Família como motivação: “Tenho filho, tenho responsabilidade. Quero ser exemplo, não piada”.

E não para por aí. O artista ainda fez questão de destacar que nunca foi preso, nem respondeu por qualquer crime. “Minha ficha é limpa, mas minha reputação não”, disparou, com uma mistura de revolta e cansaço.

E Agora, José?

A carta, publicada no Instagram, já acumula milhares de likes, comentários e shares. A galera se dividiu — como sempre. Uns abraçaram a defesa, chamando de “corajosa” e “necessária”. Outros, céticos, seguem duvidando.

Mas uma coisa é certa: Oruam botou o dedo na ferida de um debate que vai muito além dele. Até quando um artista vai ser confundido com o personagem que canta? Quando a arte vira álibi? E quando vira acusação?

Perguntas difíceis, que nem todo mundo tá preparado para responder. Mas ele, pelo menos, tentou.