Brigitte Bardot morre aos 91 anos: França e mundo das artes lamentam ícone
Morte de Brigitte Bardot aos 91 anos comove França

A França e o mundo das artes estão de luto. Brigitte Bardot, uma das maiores lendas do cinema francês, faleceu aos 91 anos. A notícia, divulgada em 28 de dezembro de 2025, gerou uma onda imediata de comoção e homenagens de colegas, admiradores e figuras políticas, que relembram não apenas sua beleza icônica, mas também sua personalidade forte e sua incansável luta pelos direitos dos animais.

Homenagens emocionadas do universo artístico

O ator Pierre Arditi, amigo da estrela, foi um dos primeiros a se manifestar. Em entrevista ao canal BMFTV, ele foi categórico ao definir o legado de Bardot. "Não era apenas uma das mulheres mais bonitas do mundo, era a mulher mais bonita do mundo, e continua sendo", declarou Arditi, resumindo o sentimento de muitos. Ele ainda compartilhou uma lembrança marcante: o choque ao vê-la pela primeira vez em um estúdio, quando ela tinha cerca de 28 anos. "Tudo parou: o tempo, o barulho… por uns trinta segundos, ela era absolutamente linda".

Arditi também defendeu a atriz das críticas que ela recebeu ao longo da vida por priorizar a causa animal. "Se ela fez isso, foi porque estava muito decepcionada com os homens, com todos os homens", ponderou. Para ele, o legado de Bardot permanece vivo: "As pessoas que amamos nunca morrem".

Um "ícone entre ícones" para a França

No campo político, a ministra da Cultura da França, Rachida Dati, emitiu uma declaração oficial enfatizando a magnitude da perda para o país. Dati descreveu Bardot como "um ícone entre ícones". "Incansável defensora dos direitos dos animais, ela é uma lenda que ajudou a moldar nossa imaginação, sem jamais se aprisionar por ela. Extremamente livre e tão francesa", afirmou a ministra, capturando a essência da atriz que desafiou convenções sociais em sua vida e carreira.

A admiração por Bardot transcendia gerações. O ator Jean Dujardin, estrela de "O Artista", prestou sua homenagem de forma discreta e moderna, postando uma foto da atriz em seus stories no Instagram. Já Paul Belmondo, ex-piloto de Fórmula 1 e filho do lendário ator Jean-Paul Belmondo, lembrou do vínculo especial entre seu pai e Bardot. Ele contou que, apesar de nunca terem atuado juntos no cinema, os dois compartilhavam uma profunda admiração mútua e, principalmente, "o mesmo amor pelos animais".

O fim de uma era dourada do cinema

Para Paul Belmondo, a morte de Brigitte Bardot representa mais do que a partida de uma estrela; é o fechamento de um capítulo fundamental da sétima arte. "Uma página do cinema francês se fechou; ela foi a última dessa geração talentosa e popular", escreveu em sua mensagem de despedida. Suas palavras ecoam o sentimento de que uma era irrepetível, que consagrou a França como um polo cinematográfico mundial e exportou símbolos de estilo e atitude, chega ao fim.

Brigitte Bardot deixa para trás uma filmografia marcante, com papéis inesquecíveis em produções como "E Deus Criou a Mulher" (1956), que a lançou ao estrelato internacional, e "O Repouso do Guerreiro" (1962). No entanto, seu impacto vai além das telas. Nos últimos decênios, ela dedicou sua vida e sua voz à proteção animal, fundando a Fundação Brigitte Bardot e se tornando uma ativista ferrenha, muitas vezes controversa, mas sempre fiel às suas convicções.

A despedida da atriz, descrita por seus contemporâneos como a "mulher mais bonita do mundo" e uma força da natureza, ressoa como a perda de um pedaço da história cultural francesa. Sua beleza, seu talento e sua paixão pelos animais garantem que seu mito continuará a inspirar e provocar discussões por muitas gerações. Como bem disse Pierre Arditi, para aqueles que a amavam, Brigitte Bardot nunca morrerá de verdade.