
Puxa, quem foi ao The Town esperando a Katy Perry padrão — aquela de calção colorido e peruca de algodão doce — se surpreendeu. E como. A artista surgiu no palco, mas não cantando. Voando. Literalmente. Ela deu as caras pendurada num tecido acrobático, fazendo poses de ginasta olímpica que arrancaram gritos da plateia.
Foi, sem dúvida, o momento mais fotogênico da noite. E talvez o mais inesperado. Quem diria, hein? A pop star que a gente conhece dos clipes malucos se transformou numa artista de circo, pelo menos por alguns minutos. A performance foi arriscada, bonita de se ver e… bem, deixou todo mundo com o celular na mão, é claro.
Mas depois que a poeira — ou melhor, o glitter — baixou, veio a tal da enrolação. Ah, a enrolação. Katy parecia ter entrado num looping interminável de trocas de roupa. Uma hora era uma coisa, depois outra, depois mais uma… Parecia aquela amiga que não se decide para ir à festa e fica trocando de look toda hora. O público, claro, ficou ali na expectativa. Uns cantando junto, outros só esperando o próximo hit.
Os Momentos que Realmente Valeram a Pena
Não dá pra negar: quando ela focou na música, a coisa engrenou. «Roar» veio com tudo, e a galera respondeu na mesma moeda — foi um berreiro geral, daqueles que arrepia. «Firework» então? Nem se fala. O céu de São Paulo até tremeu com os vocais e a energia que rolaram.
Esses foram os picos. Os momentos em que o show decolou de vez e todo mundo lembrou por que veio. A produção visual estava impecável, cheia de luzes, efeitos e — adivinha — mais glitter. Sempre mais glitter.
E Afinal, Valeu a Pena?
Olha, é complicado. Teve altos e baixos — às vezes literais, considerando as acrobacias. Quem é fã incondicional certamente saiu satisfeito: afinal, viu a Katy se reinventando e cantando os sucessos. Agora, quem esperava um show mais pé-no-chão, focado só na música… pode ter estranhado.
No fim das contas, foi um espetáculo. Com tudo que essa palavra carrega: exagero, coreografia ensaiadíssima, e um certo exibicionismo que é marca registrada dela. Teve um pouco de tudo. Até de ginástica olímpica, veja bem.
Fica a reflexão: será que às vezes menos não seria mais? Mas aí já não seria a Katy Perry que a gente conhece, não é mesmo?