Graham Greene, Ícone do Cinema e Estrela de 'Crepúsculo', Morre aos 73 Anos: Uma Carreira Inesquecível
Graham Greene, de 'Dança com Lobos', morre aos 73 anos

Uma notícia triste tomou conta do mundo do entretenimento neste domingo, 31. Graham Greene, aquele ator de presença magnética e sorriso fácil que conquistou o público em papéis inesquecíveis, nos deixou. Aos 73 anos, parte uma lenda, um verdadeiro mestre da sua arte.

Não, não foi algo súbito. Greene enfrentava uma batalha silenciosa e complicada contra um câncer no pâncreas – aquele inimigo sorrateiro que tira tanta gente boa. A confirmação veio de seu agente, um baque para todos que admiravam seu trabalho.

E que trabalho! Quem não se lembra dele como o sábio e brincalhão Kicking Bird em Dança com Lobos (1990)? Aquele papel não foi só mais um. Foi histórico. Ele pegou uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e, de quebra, colocou os talentos dos povos indígenas em um holofonte que Hollywood raramente acendia. O filme, aquele épico do Kevin Costner, varreu a premiação daquele ano e Greene estava lá, no centro disso tudo, com uma dignidade que só ele tinha.

Mas sua carreira foi um vasto território muito além disso. Ele simplesmente não parou. Décadas depois, uma nova leva de fãs o descobriu – e se apaixonou – como o patriarca Harry Clearwater na saga Crepúsculo. Sim, aquele mesmo que fez os corações dos adolescentes (e não tão adolescentes) acelerarem mundo afora. Era ele, de novo, trazendo profundidade e autenticidade para um fenômeno global.

O homem era uma força da natureza. Sua filmografia? Impressionante. De O Segredo de Abismo (1989) a Maverick (1994), passando por O Homem da Máscara de Ferro (1998) e uma porção de produções canadenses que mostravam toda a sua versatilidade. Na TV, então, nem se fala. Era presença garantida em séries como Longmire, Os Outros e North of 60.

Nascido na Reserva Six Nations, no Canadá, em 1950, Greene carregava suas raízes Oneida com um orgulho quieto e transformador. Ele abriu portas. Mostrou que era possível. Virou um símbolo de representatividade muito antes de essa palavra ser usada à exaustão como é hoje.

O Legado de Um Gigante Gentil

O que fica, para além das telas, é a memória de um artista generoso. Colegas de elenco e fãs sempre descreviam Greene como uma pessoa de coração enorme, humilde, e com um senso de humor que podia iluminar o set de filmagem mais cinza.

Sua partida deixa um vazio difícil de preencher. O cinema perdeu uma voz singular, um daqueles raros atores que conseguiam, com um único olhar, contar uma história inteira. O mundo perdeu um homem bom.

O plano agora, segundo sua família, é realizar uma cerimônia de despedida intimista e restrita – um último adeus condizente com a simplicidade e a discrição que sempre marcaram sua vida longe dos holofotes. O legado, esse, é enorme e para sempre.