Fafá de Belém compara cancelamento em redes sociais à ditadura e gera polêmica
Fafá de Belém compara cancelamento à ditadura

A cantora Fafá de Belém causou repercussão ao comparar o fenômeno do cancelamento nas redes sociais aos anos sombrios da ditadura militar no Brasil. Em entrevista, a artista expressou sua indignação com a cultura de perseguição virtual, que, segundo ela, silencia vozes de forma arbitrária.

"É uma forma de censura", diz Fafá

"Hoje, as pessoas são julgadas e condenadas sem direito à defesa. É assustador como isso lembra os tempos em que a liberdade de expressão era cerceada", afirmou a cantora, referindo-se ao período da ditadura (1964-1985).

Fafá, conhecida por suas posições políticas, destacou que o cancelamento virou uma ferramenta de controle social: "Não estou defendendo discursos de ódio, mas precisamos refletir sobre os excessos. Quando uma opinião diferente vira motivo para destruir reputações, algo está errado".

Reações nas redes sociais

As declarações dividiram opiniões:

  • Apoiadores elogiaram a coragem de abordar o tema;
  • Críticos acusaram a cantora de banalizar a ditadura;
  • Especialistas em comunicação destacaram que o debate sobre limites do cancelamento é válido.

O assunto rendeu milhares de menções no Twitter e virou trending topic no Brasil.

Contexto histórico

Fafá de Belém, que iniciou a carreira nos anos 1970, viveu sob a ditadura e já foi censurada em programas de TV. A artista relaciona essa experiência ao atual cenário digital: "Antes era o governo, hoje são as multidões virtuais que decidem quem pode ou não falar".

A polêmica ocorre em meio a discussões globais sobre liberdade de expressão e responsabilidade nas redes sociais.