Bruno Gagliasso mergulha na política em novo filme: ator enfrenta polarização familiar em produção ousada
Bruno Gagliasso mergulha na política em novo filme

Não é de hoje que a arte imita a vida - ou seria o contrário? Bruno Gagliasso, aquele mesmo que conquistou o coração dos brasileiros nas telinhas, agora mergulha de cabeça em águas bem mais turbulentas. E olha que a coisa promete.

O ator está envolvido até o pescoço num projeto cinematográfico que, convenhamos, chega com timing quase profético. Enquanto o país respira política por todos os poros, ele encarna um personagem que navega justamente pelas tensões familiares exacerbadas pelas divisões ideológicas. Coincidência? Difícil acreditar.

Um enredo que espelha o Brasil real

A trama - e aqui vem o spoiler leve - acompanha uma família tradicional brasileira cujos alicerces são postos à prova quando visões políticas opostas começam a criar abismos entre parentes. Gagliasso vive o filho que tenta, a todo custo, manter a paz doméstica enquanto irmãos, pais e tios se digladiam em discussões acaloradas.

E sabe o que é mais curioso? O próprio ator já admitiu, em entrevistas anteriores, que discussões políticas na família dele não são exatamente incomuns. Vida imitando arte ou arte antecipando a vida? Eis a questão.

Timing é tudo - e esse parece perfeito

O filme entra em produção justamente quando o Brasil se prepara para mais um ciclo eleitoral. Os roteiristas, parece, têm um sexto sentido para a atualidade. As filmagens, que acontecem majoritariamente no Rio de Janeiro, capturam não apenas paisagens cariocas, mas também o clima de tensão que paira no ar.

"É assustador como o roteiro parece prever coisas que vivemos no dia a dia", comentou um membro da equipe que preferiu não se identificar. "Tem cena que dá arrepio de tão real."

O desafio de interpretar a polarização

Para Gagliasso, não se trata apenas de mais um papel. O ator tem se dedicado a entender as nuances psicológicas de quem vive sob constante tensão familiar. Fontes próximas ao set contam que ele passa horas discutindo com o diretor sobre como equilibrar dramaticidade e autenticidade.

E não é fácil, convenhamos. Representar conflitos políticos sem cair no maniqueísmo barato ou no panfletagem óbvia requer mão de mestre. Pelo que circula nos bastidores, a equipe está conseguindo esse equilíbrio com maestria.

Família Gagliasso: laboratório involuntário?

Curiosamente - ou talvez não - Bruno já viveu situações similares na vida real. Seus posicionamentos públicos sobre questões sociais e políticas já renderam debates acalorados dentro do próprio círculo familiar. Essa bagagem emocional, dizem os mais próximos, tem sido canalizada diretamente para a interpretação.

Giovanna Ewbank, sua esposa, tem sido peça fundamental nesse processo. Além de apoiar o marido, ela traz insights valiosos sobre como as divisões ideológicas afetam dinâmicas familiares - algo que ela mesma já experimentou.

Um filme necessário ou combustível para mais divisão?

Alguns críticos já questionam se a produção não chega em momento inadequado, potencialmente inflamando ainda mais os ânimos. Outros, porém, defendem que justamente agora precisamos de obras que nos façam refletir sobre até que ponto estamos deixando a política destruir laços fundamentais.

O diretor, em declarações reservadas, garante que o objetivo não é tomar partido, mas sim mostrar como todos perdem quando o diálogo é substituído por confronto. Boa sorte tentando convencer o público disso nos tempos atuais, não?

O que é certo: quando o filme chegar aos cinemas, provavelmente já estaremos em pleno clima eleitoral. E aí, meu amigo, a recepção promete ser tão polarizada quanto as famílias retratadas na tela.

Restam dúvidas se a arte conseguirá, dessa vez, cumprir seu papel de espelho sem quebrar no processo. Uma coisa é certa: Gagliasso parece ter encontrado o projeto mais desafiador - e potencialmente mais relevante - de sua carreira.