
Lembra daquela noite? Aquele golpe que ecoou pelos lares brasileiros e ficou gravado na memória coletiva? Pois é, estamos falando do crime perfeito — ou quase — que tirou do ar uma das vilãs mais marcantes da teledramaturgia nacional.
Odete Roitman, aquela figura que a gente amava odiar, simplesmente desapareceu da trama de maneira brutal. E o pior — ou melhor, o que fez a audiência explodir — é que ninguém sabia quem tinha cometido o crime. A Globo, sempre sagaz, transformou o assassinato numa verdadeira obsessão nacional.
O Jogo de Adivinhação que Virou Febre
Parece exagero? Nem um pouco. A emissora criou uma espécie de loteria do crime, onde os telespectadores apostavam no culpado. Dinheiro de verdade envolvido, gente! Não era brincadeira não.
O Brasil inteiro virou detetive de poltrona. Nos bares, nas filas do pão, nos almoços de família — só se falava nisso. Quem teria sido? A pergunta que não queria calar.
Os Suspeitos do Pedaço
- Maria de Fátima — aquela paixão não correspondida dá um ótimo motivo
- Raquel — disputas de herança sempre foram combustível para crimes
- Luca — interesses financeiros nunca são descartados
- Antônio — vingança é um prato que se come frio
E aí veio a reviravolta que ninguém — mas absolutamente ninguém — esperava. Depois de toda essa expectativa, de tanto suspense... a resposta final foi, digamos, anticlimática. Quem matou Odete? Um mero capanga. Um personagem secundário que mal tínhamos notado.
O público ficou... bem, vamos ser educados e dizer "desapontado". Na verdade, foi um quase motim televisivo. As pessoas se sentiram enganadas, afinal investiram tempo e emoção naquilo.
O Legado que Permanece
Mas cá entre nós — será que o desfecho decepcionante não foi, de certa forma, genial? Porque décadas depois ainda estamos aqui conversando sobre isso. O descontentamento com a solução do crime talvez tenha feito a história ficar ainda mais marcada na memória.
E pensar que hoje, com internet e spoilers por todo lado, uma estratégia dessas provavelmente não funcionaria. Naquela época, o mistério era genuíno — não havia como adiantar o capítulo final.
Odete Roitman pode ter saído de cena, mas nunca realmente abandonou o imaginário popular. Sua morte — e principalmente o "como" e "por quem" — se tornou parte da cultura televisiva brasileira. Uma daquelas coisas que toda geração que viveu aqueles anos lembra com uma precisão impressionante.
E você? Ainda guarda sua teoria sobre quem realmente deveria ter sido o assassino? Algumas perguntas, parece, nunca encontram resposta satisfatória — e talvez seja isso que as mantém vivas.