
O clima era pesado, sabe? Daqueles que a gente sente no peito. Nesta segunda-feira, 29, São Paulo parou para se despedir de uma das vozes mais queridas do jornalismo esportivo brasileiro. Paulo Soares, o carismático "Amigão" que conquistou gerações de torcedores durante seus 17 anos na ESPN, teve seu corpo velado na Capela 11 do Cemitério do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista.
E olha, não foi um adeus qualquer. O local ficou tomado por uma mistura de tristeza e celebração - afinal, como não lembrar daquele sorriso fácil que iluminava as transmissões? Familiares, amigos próximos e colegas de profissão se revezaram para prestar suas últimas homenagens ao comunicador que partiu aos 63 anos.
Uma carreira que marcou época
Paulo chegou à ESPN em 2008, trazendo na bagagem uma experiência sólida em redações de televisão. Mas foi no canal esportivo que ele realmente encontrou seu lugar - e como! Quem não se lembra daqueles programas descontraídos, onde o futebol era tratado com a seriedade de sempre, mas sem jamais perder a leveza?
Ele tinha um jeito único de conduzir as conversas. Um talento raro para fazer até as entrevistas mais tensas fluírem naturalmente. Não era só mais um apresentador, era aquele colega que a gente convidaria para assistir a um jogo no boteco da esquina.
O legado que fica
Enquanto as flores se acumulavam ao redor do caixão, dava para ouvir histórias sussurradas nos cantos da capela. "Lembro quando ele...", "Nunca vou esquecer aquela cobertura...". São memórias que agora viram herança para todos que acompanharam seu trabalho.
O corpo será cremado em cerimônia reservada para a família. Um final discreto para quem sempre preferiu o brilho coletivo aos holofotes individuais. Resta a saudade - e a gratidão por tantos anos de jornalismo feito com paixão e, principalmente, com amizade.
É difícil imaginar o esporte na TV sem ele. Mas, como diria o próprio Amigão, a vida segue - e o importante é continuar torcendo.