
Imagine-se no topo de uma plataforma a 25 metros de altura, equivalente a um prédio de oito andares, com a multidão do The Town lá embaixo. O coração acelera, as mãos suam e aquele frio na barriga é inevitável. Pois é, para 5% dos candidatos a aventureiro no festival, essa é a hora de dar meia-volta e dizer: 'hoje não'.
A tal da tirolesa, que já nasceu como um dos pontos altos do evento — literalmente —, não é brincadeira para qualquer um. São 220 metros de pura adrenalina, cortando o céu de São Paulo a uma velocidade que faz o vento assobiar nos ouvidos.
Medo? Normal. Desistir? Acontece.
Quem coordena a atração conta que a maioria cheixa cheia de gás, mas quando pisa naquela escada e olha para baixo… ufa. A realidade bate. Cerca de 5% dos visitantes simplesmente travam. É aquele momento de puro pânico que todo mundo entende — ou já viveu, né?
Não é vergonha nenhuma, aliás. Até os mais corajosos ficam com aquele misto de euforia e dúvida existencial. Mas quem vai até o final garante: a sensação de voar sobre o festival é indescritível.
Segurança em primeiro lugar (sempre!)
Claro que toda essa aventura não é feita no improviso. A estrutura foi montada por profissionais especializados, com equipamentos de primeiríssima e protocolos rígidos de segurança. Capacete, cabo de aço, freios… tudo revisado mil vezes. Nada de gambiarra, hein?
Os operadores ficam de olho em cada detalhe — e na expressão de cada participante. Eles sabem na hora quando alguém está hesitante. Às vezes, um incentivo amigo é suficiente. Outras, a pessoa realmente prefere ficar com os pés no chão. E tudo bem!
Afinal, festival também é sobre se conhecer — e descobrir que talvez você não seja tão fã de altura assim.
Vai encarar?
Se você estiver no The Town e tiver coragem (ou curiosidade), a dica é: vá cedo. A fila costuma ser grande, e a espera só aumenta a ansiedade. E se chegar lá em cima e der aquele branco? Respira. Ninguém vai te obrigar. Mas quem sabe você não se surpreende?
No final das contas, a tirolesa do The Town já virou mais que uma atração: é quase um rito de passagem. Uma história para contar — seja de superação ou de uma desistência muito sábia.