Rebeca Andrade surpreende e anuncia adeus às competições de solo: 'Hora de virar a página'
Rebeca Andrade anuncia fim da carreira no solo

Eis que o mundo da ginástica artística acorda com uma notícia que deixou muitos fãs de queixo caído. Rebeca Andrade, aquela força da natureza que nos acostumamos a ver voando no tapete, decidiu pendurar as sapatilhas — pelo menos quando o assunto é solo.

"Chegou minha hora de virar essa página", soltou a mineira de 24 anos, com aquela mistura de determinação e nostalgia que só atletas de alto nível entendem. Quem acompanha sabe: ela não é do tipo que toma decisões por impulso. A moça calcula cada salto como quem joga xadrez.

O peso (e a leveza) das medalhas

Não foi fácil. Do outro lado da balança estão lembranças de ouro e prata — literalmente. A prata no solo nas Olimpíadas de Tóquio (2021) e o ouro no Mundial de Liverpool (2022) pesam, mas não tanto quanto a sabedoria de escutar o próprio corpo.

"Depois de tanto tempo, você aprende a diferenciar dor de cansaço de dor de alerta", confessou em entrevista exclusiva, enquanto ajustava a tornozeleira que virou sua companheira inseparável desde as primeiras lesões.

E agora, Brasil?

Sem dramas. A garota que transformou barras assimétricas em poesia continua firme nas outras modalidades. "Solo era meu primeiro amor, mas ainda tenho muito chão — ou melhor, ar — nas outras provas", brincou, referindo-se aos aparelhos onde segue reinando absoluta.

  • Continua nas barras assimétricas (onde é atual campeã mundial)
  • Segue no salto (seu "Cheng" ainda assombra adversárias)
  • Mantém a trave, aparelho que a fez chorar de alegria em Tóquio

Psicólogos esportivos ouvidos pelo nosso time foram unânimes: "Decisão madura. Atleta inteligente conhece seus limites antes que eles gritem".

Legado que não cabe no pódio

Para além das acrobacias, Rebeca deixa um rastro diferente. Foi a primeira brasileira a... (cadê a lista?):

  1. Ganhar ouro mundial em solo (2022)
  2. Conquistar duas medalhas numa mesma Olimpíada (2021)
  3. Ser chamada de "revolução em lycra" pelo New York Times

Nas redes sociais, a comoção foi imediata. De fãs anônimos a colegas de profissão, todos com o mesmo refrão: "Obrigado por nos fazer acreditar que brasileiro também voa — e sem jetlag".

Resta saber: quando a saudade apertar, será que ela resiste a dar "só mais uma voltinha" no tapete? "Nem pensar — a não ser que seja para dançar funk no intervalo", gargalhou, mostrando que por trás da atleta há uma mulher que sabe rir da própria história.