Quem diria, hein? Numa quarta-feira de tirar o fôlego, a Arena Mirassol foi palco de um verdadeiro terremoto no Brasileirão Série B. O time da casa, simplesmente implacável, meteu dois a zero num Grêmio que saiu de Porto Alegre sem saber muito bem no que estava se metendo.
O primeiro tempo foi daqueles de deixar o torcedor grudado na cadeira. Aos 26 minutos, veio o gol que abriu o placar. Zé Roberto, com uma calma de jogador veterano, finalizou com precisão cirúrgica após um cruzamento impecável da direita. A rede balançou, e a arquibancada—já em festa—simplesmente explodiu.
O Grêmio, pressionado, tentou reagir. Criou algumas chances, é verdade. Mas a defesa do Mirassol, sólida como uma rocha, não deu muitas brechas. E logo antes do intervalo, quase aos 47 minutos, veio o segundo. Danielzinho, aproveitando um rebote dentro da área, chutou forte e não perdoou. Foi o golpe definitivo.
O segundo tempo? Bem, o Grêmio até tentou—não se pode dizer o contrário. Teve mais posse de bola, insistiu, mas esbarrou repetidas vezes na organização defensiva do Mirassol e em defesas importantes do goleiro Alex Muralha, que fechou o gol. O time da casa, astuto, soube administrar a vantagem com uma maturidade que impressiona.
Com este resultado bombástico, o Mirassol não apenas venceu um dos clubes mais tradicionais do país—fez mais. Deu um salto na tabela, alcançando a quarta posição, com 17 pontos conquistados. Já o Grêmio, que parecia ter encontrado uma sequência positiva, estacionou na sétima colocação, com 14 pontos, e viu seus planos serem frustrados em solo paulista.
Uma noite para não esquecer. Um resultado que ressoa muito além dos gramados, mostrando que no futebol, a garagem e a vontade frequentemente falam mais alto do que o orçamento e o nome. O Mirassol entrou no G4 e mandou um recado claro para a competição: estão lá para ficar.
