
Quem nunca tomou uma decisão na vida e depois ficou remoendo o "e se"? Pois é, parece que até os grandes mestres do futebol não escapam desse sentimento. Jorge Jesus, o carismático técnico português, acabou de soltar uma bomba em entrevista: confessou que se arrepende amargamente de ter dito não à Seleção Brasileira.
"Foi uma daquelas escolhas que a gente pensa mil vezes depois", admitiu o treinador, com um sorriso meio sem graça. E não é pra menos — recusar a chance de comandar um dos times mais icônicos do planeta não deve ser fácil de digerir.
O convite que mudou tudo
Corria o ano de 2019 quando o telefone de Jesus tocou. Do outro lado da linha, a CBF estendia o convite oficial. "Parecia piada", lembra ele. "Mas quando caiu a ficha, veio a dúvida: será que é isso mesmo que quero?"
Na época, o técnico estava no Flamengo, vivendo um momento dourado — time voando, torcida apaixonada, tudo parecia perfeito. "Achava que tinha um projeto inacabado no Brasil", justifica. Só que, como diz o ditado, a gente só dá valor quando perde.
O peso da camisa amarela
O que mais pesou na consciência de Jesus? "A dimensão da Seleção", dispara. "Treinar o Brasil não é como comandar qualquer time. É história, é paixão nacional, é..." — faz uma pausa dramática — "é praticamente uma religião."
E os números não mentem: desde então, a Canarinho passou por altos e baixos, enquanto Jesus seguiu sua carreira na Europa. "Às vezes fico imaginando como teria sido", confessa, num raro momento de vulnerabilidade.
Lições aprendidas
O que fica de lição nessa história toda? "Que na vida a gente tem que pesar bem as oportunidades", filosofa o treinador. "Mas também não adianta ficar se culpando — o passado é passado."
E o futuro? Bem, Jesus deixa uma pulga atrás da orelha: "Nunca se sabe o que o destino reserva". Será que um novo convite pode estar nos planos? O português só ri, misterioso. "No futebol, como na vida, as portas nunca estão totalmente fechadas."