E não foi dessa vez. A cena que todo fã do surfe brasileiro queria ver — os irmãos Medina dominando as ondas tanto no masculino quanto no feminino — terá que esperar. Jadinha Medina, irmã mais nova do fenômeno Gabriel Medina, viu seu sonho de entrar na elite mundial ficar um pouquinho mais distante nas águas geladas de Saquarema.
O QS 5000, que rolou na Praia de Itaúna, reservou um sabor amargo para a jovem de 21 anos. Depois de cair na fase principal, ela ainda teve uma chance na repescagem. Mas o mar, sabe como é, não colaborou. As ondas simplesmente não vieram, e Jadinha acabou eliminada pela norte-americana Keala Tomoda-Bannert — uma verdadeira facada no coração de quem torcia por ela.
O placar que não engana
A batalha foi tensa, daquelas que deixam a galera na areia com o coração na mão. Tomoda-Bannert marcou 9.50 no total, enquanto Jadinha ficou com 8.10. Diferença mínima, mas que na prática significa tudo. Às vezes o surfe é isso: um jogo de detalhes onde meio ponto pode separar a glória da frustração.
E olha, a pressão deve ser colossal. Imagina carregar o sobrenome mais famoso do surfe nacional? Não é moleza. Enquanto Gabriel já garantiu sua vaga no Championship Tour — o cara é simplesmente tricampeão mundial — Jadinha ainda rala no qualifying series, tentando abrir seu próprio caminho.
Longe do topo, mas não desistindo
Agora a situação complicou de verdade. Com essa eliminação precoce em Saquarema, Jadinha viu sua campanha no QS 2024 praticamente estagnar. Ela nem aparece entre as 35 primeiras do ranking — posição necessária para garantir a sonhada vaga entre as melhores do mundo.
Mas calma, não é o fim do mundo. A temporada ainda está só começando, e vários outros eventos estão por vir. A moça tem talento de sobra — isso ninguém pode negar. O que ela precisa agora é de uma pitada de sorte e muita, mas muita persistência mesmo.
Enquanto isso, em Saquarema, a festa continua. As eliminatórias do masculino seguem a todo vapor, com os melhores surfistas do planeta mostrando seu valor. O Brasil segue bem representado, com vários atletas ainda na disputa.
Jadinha? Bom, ela agora deve focar nos próximos desafios. O caminho até o topo é longo e cheio de obstáculos — mas quem disse que seria fácil? O importante é não desistir. A história dela com o mar está longe de terminar.
