Matheus Cunha revela como ausência na Copa de 2022 o transformou
Cunha fala sobre evolução pós-Catar e vaga na Copa 2026

A sete meses da Copa do Mundo de 2026, Matheus Cunha se consolida como uma das peças-chave no planejamento de Carlo Ancelotti para a seleção brasileira. O atacante do Manchester United, conhecido por sua versatilidade, tem sido presença constante nas convocações do técnico italiano e foi titular no impressionante 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, considerado o melhor jogo do Brasil nos últimos anos.

A transformação pós-Catar

Em entrevista concedida recentemente, Matheus Cunha revisitou um momento difícil de sua carreira: a exclusão da lista final de Tite para a Copa do Mundo de 2022 no Catar. O jogador reconheceu que a experiência dolorosa o tornou mais forte e mudou sua forma de encarar tanto as frustrações quanto as conquistas profissionais.

"Aquilo foi uma experiência negativa, de muita dor, mas sem dúvida me fez aprender a ser mais forte hoje em dia", confessou o meia-atacante. "Eu lido com frustrações de outra forma, lido com realizações de outra forma. Chego muito mais maduro comparado ao Matheus de três anos atrás."

Questionado sobre como reagiria a uma possível convocação para a Copa de 2026, Cunha foi sincero: "Quando se trata do seu sonho, não tem como medir o quanto aquilo é importante. Não sei como será minha reação se Deus quiser ser convocado, e também se não for, vai ser algo que não sei se vou lidar da mesma forma."

Versatilidade e mentalidade

O jogador destacou a importância de sua capacidade de atuar em múltiplas posições, algo que valoriza bastante no trabalho de Ancelotti. "Sabendo que o Mister pode nos usar em muitas posições, faço com que todas sejam bem trabalhadas para demonstrar que vale a pena estar aqui", explicou.

Sobre o conselho de Casemiro de evitar redes sociais durante a Copa, Cunha concordou: "Ele está correto. A rede social tem um peso muito grande na nossa realidade, principalmente sabendo que impactamos tantas pessoas. Em momento de Copa do Mundo, qualquer momento com a seleção é muito importante, é nosso sonho. Se for mais fácil deixar a rede social de lado, isso ajudará bastante."

O grupo atual e os desafios

Matheus Cunha também falou sobre as diferenças entre os ciclos da seleção brasileira. "O período do Tite tinha uma estabilidade maior, eram seis anos junto da seleção, duas Copas. Esse ciclo é diferente - tem muitos jogadores vindo para demonstrar que podem estar aqui", analisou.

Sobre o atual grupo comandado por Ancelotti, o atacante foi enfático: "São jovens jogadores com bastante experiência. Muitos já passaram pelo período de seleção brasileira, já sentiram o que é perder, mas também o que é ser vitorioso. É um grupo com muita fome, com muita vontade de trabalhar."

Mesmo com a confiança demonstrada pelo técnico, Cunha admite que ainda sente ansiedade nos dias de convocação. "Tranquilidade nenhuma. A última vez eu estava andando com meu cachorro dentro de casa. É muito nosso sonho estar aqui. Por mais que você já tenha vindo algumas vezes, sempre tem uma ansiedade muito grande."

Com a Copa do Mundo 2026 se aproximando, Matheus Cunha demonstra estar mais maduro e preparado para encarar os desafios que virão, transformando a dor da ausência no Catar em combustível para buscar seu lugar no maior palco do futebol mundial.