
Que noite, hein? O que era pra ser um simples amistoso em terras japonesas acabou virando um verdadeiro pesadelo para a Canarinho. O Estádio Nacional de Tóquio, que já testemunhou tantas glórias do futebol mundial, viu nesta terça-feira uma das derrotas mais amargas da recente história da Seleção Brasileira.
Parece até brincadeira, mas não é. O Japão, com todo respeito à competente equipe asiática, aplicou um verdadeiro baile tático nos brasileiros. E o pior: com gol nos acréscimos, aquela facada final que dói muito mais.
Primeiro tempo: um Brasil que prometia
Logo aos 11 minutos, aquele alívio. Endrick, o menino de ouro que tanto tem se falado, apareceu como sempre - no lugar certo, na hora certa. Recebeu na medida, ajeitou e mandou para as redes. 1 a 0, e a torcida brasileira respirava aliviada.
Mas o problema é que o time pareceu acreditar que a partida estava ganha. Aquele velho e conhecido relaxamento brasileiro, sabe como é? O Japão, muito organizado e disciplinado, foi crescendo no jogo.
O empate que já anunciava a tragédia
Aos 34 minutos, Kubo - que vinha incomodando a defesa brasileira - aproveitou um rebote e empatou o jogo. E aqui vem o detalhe crucial: a defesa brasileira parecia uma porta aberta. Falta de comunicação entre zaga e meio-campo, aquela velha história que se repete.
O segundo tempo foi ainda mais preocupante. O Brasil tentou, é verdade. Teve posse de bola, teve algumas jogadas de perigo, mas aquela criatividade que sempre marcou o futebol brasileiro? Sumiu. Parecia que jogavam com medo, sem a ousadia que caracteriza nossa seleção.
Os acréscimos que viraram pesadelo
Quando todos já esperavam o apito final, veio o golpe. Nos acréscimos, Ueda aproveitou uma sobra na área após escanteio e simplesmente decretou: Japão 2, Brasil 1.
Aquela sensação de déjà vu, sabe? A mesma velha história de sempre - domínio de jogo que não se converte em resultado, defensiva frágil, e aquela incapacidade de matar o jogo quando se tem a oportunidade.
Os números não mentem:
- Primeira derrota do Brasil para o Japão desde 1996
- Sequência de 4 jogos sem vencer continua
- Falhas defensivas cruciais nos momentos decisivos
E agora, o que fazer? O técnico e sua comissão têm trabalho pela frente - e não é pouco. O time mostra lampejos de qualidade, mas falta consistência, falta aquela garra que caracterizava as grandes seleções brasileiras do passado.
O pior de tudo é que essa derrota vem num momento delicado, com a Copa do Mundo já no horizonte. Será que dá tempo de corrigir tantos problemas? O torcedor, é claro, espera que sim. Mas depois de uma noite como essa em Tóquio, as dúvidas só aumentam.