O ano de 2025 foi marcado por lançamentos musicais de peso, que movimentaram o cenário cultural nacional e internacional. A equipe do g1 realizou uma curadoria especial, ouvindo e avaliando os principais discos, para chegar a uma lista definitiva dos sete melhores trabalhos. Cada álbum recebeu uma nota, gerando um ranking que promete debate entre os fãs.
Do 7º ao 4º lugar: da fofoca à grandiosidade clássica
Em sétimo lugar, ficou ‘West End Girl’, da cantora britânica Lily Allen. O disco mistura a habilidade de composição da artista com temas do universo das celebridades, oferecendo uma perspectiva peculiar sobre a vida de um ator famoso. É um trabalho que, sem pretender revolucionar, entretém e provoca.
Na sexta posição, Lorde apresenta ‘Virgin’, considerado o álbum mais profundo de sua carreira. A artista neozelandesa mergulha em angústias da vida adulta, transitando entre conflitos familiares e o medo da maternidade. Apesar da ausência de um hit comercial explícito, a obra foi amplamente aclamada pela crítica.
O quinto lugar é ocupado por uma voz brasileira contundente: Don L com ‘Caro Vapor II - Qual a forma de pagamento?’. O rapper faz uma tradução precisa e original do zeitgeist contemporâneo, abordando temas como as bets, o mundo dos influenciadores e a cultura do alpinismo social. Sem copiar modelos estrangeiros, ele consegue capturar a essência do Brasil atual.
Em quarto, a espanhola Rosalía surpreende com ‘Lux’. O que eleva este disco não é um mero gesto em direção à cultura erudita, mas a forma sofisticada como a artista tece referências da música clássica e da iconografia católica. O resultado é uma obra grandiosa em sonoridade e profundidade reflexiva, que mantém uma alma pop.
Pódium: o melhor da música brasileira e o fenômeno global
Conquistando a terceira posição, o ‘Rock Doido’ de Gaby Amarantos é apontado como o melhor trabalho pop do Brasil em 2025. A sonoridade frenética do tecnobrega ganha projeção mundial com uma autenticidade rara no cenário pop global, mostrando a força da cultura musical paraense.
O vice-campeão é um marco do rap nacional: ‘Emicida Racional VL 2: Mesmas Cores e Mesmos Valores’, de Emicida. O álbum é uma experiência impactante, que mexe com o ouvinte desde os primeiros acordes e exige tempo para ser completamente assimilado. É um trabalho que reverencia a tradição do gênero enquanto constrói pontes sólidas para o seu futuro.
O número 1: mais que música, um fenômeno cultural
O título de melhor álbum de 2025 vai para ‘Debí Tirar Más Fotos’, do porto-riquenho Bad Bunny. A obra transcendeu o sucesso musical para se tornar um fenômeno cultural, social e econômico de proporções continentais. Unindo a América Latina em torno de suas canções, o disco prova ser o tipo de arte capaz de mudar a história.
Seu conceito bem amarrado parte do entendimento claro de que tudo é política – inclusive a festa, a diversão e os afetos mais profundos. Não foi apenas o álbum mais consumido do mundo; foi um evento que marcou o ano.
A lista do g1 está fechada, mas a discussão está apenas começando. A plataforma permite que os leitores façam suas próprias avaliações e votem nos seus favoritos, democratizando a crítica e ampliando o debate sobre a produção musical de 2025.
