Em uma das declarações mais poéticas e visionárias já feitas sobre a música brasileira, o consagrado escritor argentino Jorge Luis Borges anteviu a eternidade do Clube da Esquina. Em entrevista histórica concedida à revista VEJA, o gênio literário não poupou elogios ao movimento musical que revolucionou a cena cultural brasileira nos anos 1970.
O Encontro Entre Dois Gênios
O contexto era único: Lô Borges, um dos pilares do Clube da Esquina, havia presenteado o escritor argentino com o disco que se tornaria um marco na história da música popular brasileira. A reação de Borges foi tão intensa quanto profética.
"Ele é eterno" - assim o autor de "Ficções" definiu o trabalho que unia as vozes e composições de Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta e tantos outros talentos mineiros.
Mais Que um Disco, Uma Obra de Arte Atemporal
O álbum duplo "Clube da Esquina", lançado em 1972, representava muito mais do que um simples registro musical. Era a materialização de um movimento que fundia influências regionais com ousadias harmônicas e letras poéticas, criando uma sonoridade única que continua a inspirar novas gerações.
O Legado Que Permanece
Mais de cinco décadas após seu lançamento, as palavras de Borges mostram-se extraordinariamente precisas. Canções como "Tudo Que Você Podia Ser", "Nada Será Como Antes" e "Cais" transcenderam seu tempo para se tornarem hinos atemporais da cultura brasileira.
O movimento Clube da Esquina não apenas sobrevive como se renova constantemente, influenciando artistas de diferentes estilos e épocas, comprovando que a verdadeira arte é, de fato, eterna.