
Se tem um estado brasileiro que sabe guardar suas preciosidades como ninguém, esse estado é Minas Gerais. Não é exagero dizer que MG é uma espécie de baú do tesouro — desses antigos, de madeira cravejada, cheio de segredos em cada gaveta. E a UNESCO concorda: o estado lidera com folga o ranking de patrimônios reconhecidos no país.
Ouro, diamantes e... cultura
Enquanto alguns estados brigam por uma ou duas indicações, Minas ostenta nada menos que cinco títulos da UNESCO. Cinco! Parece até aquela família que sempre leva todos os troféus no campeonato de bairro. E olha que não estamos falando de qualquer coisa — são maravilhas que fazem até o turista mais desavisado suspirar de admiração.
Conheça as estrelas do show:
- Ouro Preto — a cidade que é um museu de tão linda (e histórica), reconhecida desde 1980
- Diamantina — onde as pedras preciosas dividem espaço com construções que contam séculos de história
- Santuário do Bom Jesus de Matosinhos — em Congonhas, com seus profetas esculpidos que parecem quase vivos
- Serra da Canastra — não só de queijo vive o homem, mas também de paisagens de tirar o fôlego
- Caminho dos Escravos e da Fé — uma rota que mistura dor, devoção e resiliência em cada pedra do caminho
E sabe o que é mais impressionante? Cada um desses lugares tem uma personalidade própria. Ouro Preto, por exemplo, é aquela senhora elegante que ainda dança valsa aos 90 anos. Já Diamantina é a artista excêntrica da família — cheia de cores, música e histórias pra contar até de madrugada.
Por que Minas arrasa nesse quesito?
Ah, essa é fácil! O estado foi literalmente o cofre do Brasil colonial. Todo ouro que financiou o império português saiu daqui — e com ele veio uma explosão cultural que deixou marcas permanentes. Igrejas barrocas que parecem obras de ourivesaria, cidades planejadas como tabuleiros de xadrez e tradições que resistem ao tempo como o pão de queijo resiste ao café da manhã.
E não é só o passado que brilha. A gastronomia mineira — aquela que faz você repensar todos os seus conceitos sobre comida caseira — é considerada patrimônio cultural imaterial. Sim, o feijão tropeiro e o tutu têm status de obra de arte! Quem diria, né?
Pra completar, Minas ainda tem o privilégio geográfico de abrigar ecossistemas únicos. A Serra da Canastra, por exemplo, é como se alguém tivesse pegado todas as paisagens bonitas do mundo e colocado num só lugar — com direito a cachoeiras que parecem saídas de sonhos.
E os outros estados?
Bem, eles tentam. A Bahia vem logo atrás com seus quatro patrimônios, incluindo o Pelourinho e a Chapada Diamantina. Rio de Janeiro e São Paulo aparecem com três cada. Mas convenhamos: quando o assunto é densidade cultural por metro quadrado, Minas Gerais dá um banho.
E você, já visitou algum desses tesouros? Se não, tá na hora de colocar o pé na estrada — ou melhor, nas pedras históricas de Minas. Garanto que vale cada curva da estrada de terra pra chegar até eles!