As ruas do centro histórico de Belém se transformaram em uma verdadeira galeria de arte ao ar livre durante o final de semana. Os tradicionais Mestres Abridores de Letras, guardiões de uma técnica centenária que marcou a identidade visual da cidade, promoveram uma oficina gratuita que encantou moradores e turistas.
Arte que resiste ao tempo
Em uma era dominada pela impressão digital e fontes padronizadas, esses artistas mantêm viva a arte manual da abertura de letras. A técnica, que já foi essencial para comércios e instituições de Belém, ganhou novos ares com a demonstração pública realizada na Praça da República.
Oficina conecta gerações
O workshop atraiu desde jovens curiosos por novas formas de expressão artística até adultos que buscavam resgatar memórias afetivas. "É emocionante ver essa tradição sendo passada adiante", comentou Maria Silva, 65 anos, que reconheceu na demonstração as mesmas técnicas que via em sua infância.
Criação ao vivo impressiona plateia
O ponto alto do evento foi a produção de uma obra coletiva, onde os mestres demonstraram todo o processo criativo - desde o esboço inicial até os detalhes finais da pintura. Cada pincelada revelava a precisão e expertise adquirida ao longo de décadas de prática.
Patrimônio cultural vivo
Mais do que uma simples oficina, o evento representou um importante movimento de preservação do patrimônio cultural imaterial do Pará. Os abridores de letras carregam consigo não apenas técnicas, mas histórias e saberes que moldaram a estética urbana de Belém.
A iniciativa reforça a importância de valorizar os mestres populares e suas contribuições para a identidade cultural da Amazônia, provando que algumas tradições merecem - e precisam - permanecer vivas.
