Exposição Memórias das Águas conecta Macapá e Portugal até 7 de dezembro
Memórias das Águas: arte e cultura em Macapá

A exposição coletiva "Memória das Águas – Quantas saudades cabem em nossos corações?" está aberta ao público até o dia 7 de dezembro, com apresentações simultâneas na Casa Viva, em Macapá, e na Casa da Esquina, em Coimbra, Portugal.

Inspirada na canção de Maria Bethânia, a mostra reúne 14 artistas que exploram diferentes linguagens artísticas para abordar o tema central da saudade. As obras incluem audiovisual, fotografia, performance, música, artes plásticas e arte têxtil.

Programação cultural e educativa

A exposição funciona aos sábados e domingos, das 16h às 22h, com uma programação diversificada que inclui oficinas, apresentações musicais e rodas de conversa. O Programa Educativo acontece nos mesmos dias da mostra, com atividades conduzidas por mediadoras e artistas.

Segundo os organizadores, as águas representam tanto a permanência quanto a transformação, carregando consigo histórias e lembranças. A exposição estabelece uma ponte simbólica entre o rio Amazonas e o oceano Atlântico, conectando o Norte do Brasil a Portugal.

Conexão internacional e migração

A curadora e artista Iris Faria Vega explica que se trata de uma exposição internacional que promove intercâmbio cultural. "É uma possibilidade de falarmos de saudade com esse oceano de distância. Temos essa construção de uma linha entre o norte do Brasil e Portugal, entre o Rio Amazonas e o Oceano Atlântico", afirmou.

O tema da migração amazônica aparece com destaque na mostra. Alguns artistas vivenciaram pessoalmente o percurso entre Brasil e Portugal, enquanto outros migraram dentro do país em busca de novas oportunidades. As obras refletem sobre a saudade que surge da partida, da ausência, do reencontro e da permanência.

Outro aspecto relevante da exposição é a presença de artistas-mães que criaram suas obras acompanhadas dos filhos, trazendo uma perspectiva única sobre criação artística e maternidade.

Programação completa

Sábado (29 de novembro)
16h - Exposição fixa
17h - Oficina de crochê
19h - Conversa com as artistas têxteis

Domingo (30 de novembro)
16h - Exposição fixa
16h - Oficina de colagem têxtil
17h - Pintura manual coletiva
19h - Conversa com artistas de fotografia

Sábado (6 de dezembro)
16h - Exposição fixa
17h - Oficina de macramê
19h - Desenhando memórias

Domingo (7 de dezembro) - encerramento
16h - Exposição fixa
17h - Lambe-lambe na Casa Viva
17h - Matinê (Café com bolacha, Vinis e Vitrola)

Moara Negreiros, curadora e artista responsável pela Casa Viva, destaca que o espaço cultural existe desde 2018 e tem sido palco de shows, feiras, rodas de conversa e clipes de artistas locais. "A Casa Viva é uma iniciativa cultural independente que só existe pela união da cena artística local", afirmou.

A reativação da Galeria de Artes da Casa Viva marca o início de grandes encontros e intercâmbios culturais, conectando artistas locais com outros estados e países, como demonstra a exposição Memória das Águas entre Coimbra e Macapá.