Parece que o sonho da Cidade do Samba em Florianópolis não foi esquecido — pelo menos não pela Prefeitura. Depois de um tempo na gaveta, o projeto voltou à mesa, e agora a administração municipal está de olho em parcerias com a iniciativa privada para tirar a ideia do papel. Quem sabe, em breve, os foliões terão um espaço fixo para a folia?
O prefeito Topázio Neto, que nunca escondeu seu apreço pelo Carnaval — e por projetos que movimentem a economia local —, parece determinado a fazer isso acontecer. Segundo fontes próximas ao governo, a ideia é criar um complexo que reúna não só os ensaios dos blocos, mas também oficinas, áreas de convivência e até pontos de venda para artesãos. Um verdadeiro hub cultural, entende?
O que está em jogo?
O terreno já existe: um espaço de 12 mil m² no Itacorubi, que hoje serve mais como estacionamento improvisado do que qualquer outra coisa. A proposta é transformá-lo em um polo de agitação durante o ano todo, não só no Carnaval. Afinal, por que limitar a alegria a apenas alguns dias?
Mas calma, não é tão simples assim. O projeto esbarra em questões como licitações, viabilidade financeira e — claro — o eterno debate sobre prioridades públicas. Enquanto uns defendem que a cultura merece esse investimento, outros questionam se não há áreas mais urgentes. Difícil agradar a todos, né?
E os blocos, o que acham?
Os principais interessados — os blocos carnavalescos — estão divididos. Alguns comemoram a possibilidade de um espaço fixo, que resolveria problemas logísticos crônicos. Outros temem que a formalização tire a espontaneidade da festa. "Carnaval é na rua", diz um organizador, que prefere não se identificar. "Mas ter um lugar pra guardar os equipamentos não seria nada mal", completa.
Enquanto isso, os investidores privados observam. O potencial turístico é inegável — Florianópolis já atrai milhares de foliões todos os anos. Mas será que o projeto é comercialmente viável? A Prefeitura promete detalhar os planos em breve. Até lá, o que resta é especular e torcer para que, dessa vez, a Cidade do Samba não vire apenas mais uma promessa eleitoral.
