
Que virada daquelas, hein? O Brasil estava lá, tranquilo, vencendo por 2 a 0 - parecia que tudo caminhava para mais uma vitória confortável. Mas o futebol, esse esporte imprevisível, sempre guarda suas surpresas. E no Estádio Nacional de Tóquio, o Japão escreveu uma daquelas páginas que ficam na história.
A seleção feminina brasileira, que até então mantinha uma invencibilidade sob o comando de Arthur Elias, viu o placar favorável virar completamente. Do 2 a 0 no primeiro tempo para um doloroso 3 a 2 no final. Uma reviravolta que ninguém - absolutamente ninguém - esperava ver.
Primeiro tempo: Brasil domina e constrói vantagem
Logo aos 11 minutos, Yaya começou a festa brasileira. Aos 33, Geyse ampliou - parecia que seria uma noite tranquila para as canarinhas. O time jogava com confiança, dominava as ações e controlava o ritmo do jogo. Mas o futebol, ah, o futebol nunca é simples assim.
O Japão não se abateu. Mesmo com o placar desfavorável, continuou buscando o prejuízo. E no segundo tempo... bem, no segundo tempo tudo mudou. Radicalmente.
O segundo tempo que virou o jogo do avesso
Aos 48 minutos, Aoba Fujino começou a reação japonesa. Seis minutos depois, Honoka Hayashi empatou a partida. E quando você pensava que já tinha visto tudo, lá vem Shimizu, aos 74 minutos, completando a virada mais improvável.
O Brasil parecia atordoado - quem não ficaria? De dominador absoluto a surpreendido pela fúria japonesa. Uma lição dura sobre como noventa minutos são tempo demais para se acomodar em qualquer vantagem.
O que essa derrota significa?
Arthur Elias certamente terá muito o que analisar. Perder uma vantagem de dois gols não é comum - especialmente para uma seleção com o histórico do Brasil. Mas talvez seja melhor que isso aconteça agora, em amistoso, do que em competições mais importantes.
O time mostrou que tem qualidade, sim. O primeiro tempo foi brilhante. Mas também revelou fragilidades na manutenção da vantagem e na contenção de reações adversárias. Coisas que precisam ser trabalhadas.
O Japão, por sua vez, demonstrou uma fibra impressionante. Não se entregou, acreditou até o final e foi recompensado. Um verdadeiro exemplo de resiliência futebolística.
Para o Brasil, segue o trabalho. Derrotas fazem parte do processo - e às vezes ensinam mais que vitórias. O importante é aprender com os erros e voltar mais fortes. O futebol feminino brasileiro continua em evolução, e reviravoltas como essa são parte dolorosa, porém necessária, desse caminho.