Flamengo libera De la Cruz para seleção uruguaia em meio a polêmica — entenda o caso
Flamengo libera De la Cruz para Uruguai em meio a polêmica

Eis que o Flamengo resolveu dar um cheque em branco à seleção uruguaia. Numa decisão que pegou até os mais desavisados de surpresa, o clube liberou Nicolás De la Cruz para defender a Celeste Olímpica — e olha que o timing não poderia ser mais esquentado.

Enquanto isso, nas redes sociais, a torcida rubro-negra parece ter dividido a mesa do bar em dois lados: de um lado, os que acham o Uruguai "um péssimo pagador de promessas"; de outro, quem defende que "jogador tem que brilhar onde der". E você, em qual time está?

O jogo por trás do jogo

Pra entender a encrenca, tem que voltar duas jogadas. O meia — que tá voando baixo no Brasileirão — já acumula 42 jogos nesta temporada. Nem o GPS do celular aguenta tanta estrada! A diretoria, que no papel deveria proteger o atleta, acabou cedendo à pressão da federação uruguaia.

— Mas espera aí! — alguém grita da arquibancada imaginária. O Flamengo tem cláusula de proteção no contrato, certo? Teoricamente sim, mas parece que o manual sumiu na gaveta. Enquanto isso, Marcelo Bielsa (técnico uruguaio) deve estar sorrindo como quem achou nota de 50 no bolso do casaco.

O que dizem os números

  • De la Cruz jogou 3.780 minutos em 2024 — equivalente a 63 horas em campo
  • Nos últimos 30 dias, teve apenas 4 dias completos de descanso
  • O Flamengo paga R$ 1,2 milhão/mês pelo uruguaio

Não é matemática de foguete: cansaço acumulado vira lesão na esquina. E quando o departamento médico do Ninho do Urubu fica mais movimentado que metrô na hora do rush, todo mundo sabe no que dá.

E agora, José?

O técnico Tite — aquele mesmo que já comandou a seleção brasileira — agora precisa remendar o meio-campo como quem costura calça jeans no almoço. As opções? Victor Hugo (que ainda cheira a gramado novo) e Gerson (que oscila entre gênio e figurante).

Enquanto isso, no Uruguai, De la Cruz desembarca como herói. Ironia do destino: o mesmo jogador que no Rio é tratado como "mais um", em Montevidéu vira "o cara". O futebol, como diria meu avô, é redondo feito laranja — mas às vezes azeda pra uns e doce pra outros.

PS: Se você é daqueles que acha que "time que tá ganhando não se mexe", melhor respirar fundo. O Flamengo embala série invicta, mas agora joga com peça importante emprestada. Vai dar ruim? Só o tempo — e o gramado — dirão.