
Não é todo dia que a gente vê um comentarista soltar os cachorros com tanta convicção. Mas Adelson Carvalho, ah, esse não perdoa. E desta vez, o alvo foi ninguém menos que Fábio Mota, presidente do Fluminense.
O estopim? A demissão do técnico Renato Portaluppi, claro. Uma decisão que, vamos combinar, não pegou ninguém de surpresa — mas a forma como foi conduzida, bem, essa deu pano pra manga.
O Recado que Ecoou nos Corredores do Maracanã
Adelson, com aquela cara de poucos amigos que só ele sabe fazer, disparou:
"Quem está na berlinda é o presidente. Ele que escolheu o Renato, ele que assumiu o risco. Agora, querer culpar só o técnico é de uma inocência que beira o ridículo."
E não parou por aí. Num tom que misturava ironia e preocupação — sim, é possível —, ele completou:
"O Fluminense não é time de empresário, é time de torcedor. E a torcida tá cansada de ver o barco afundando enquanto alguém insiste em dizer que é só uma marola."
O Problema não é Só o Técnico
Pra Adelson, a raiz do problema vai além do banco de reservas. Muito além.
A gestão, pra ele, é o verdadeiro nó cego. Escolhas questionáveis, contratações apressadas, uma falta de planejamento que salta aos olhos de quem entende — ou mesmo de quem só acompanha de longe.
E o pior? A sensação de que o clube perdeu a identidade. Aquela coisa que fazia o Flu ser Flu.
E Agora, José?
Com Renato fora, a pergunta que fica é: quem segura essa bronca?
O nome de Fernando Diniz volta à mesa — sempre volta —, mas Adelson faz um alerta:
"Trazer o Diniz de volta sem mudar a estrutura é como trocar o pneu com o carro andando. Pode até funcionar por uns metros, mas o desastre é questão de tempo."
E ele tem um ponto. Uma hora, a conta chega.
Enquanto isso, a torcida respira fundo — e segura o celular, esperando a próxima notícia bombástica. Porque no Fluminense, parece, o inesperado é a única coisa que se pode esperar.