História que Inspira: Mulher Trans do Baixo Amazonas Conquista Vaga em Conferência Nacional de Políticas para Mulheres
Mulher trans do Pará eleita para conferência nacional

Não é todo dia que a gente vê uma notícia que realmente restaura a fé nas coisas, não é? Pois é, e essa vem direto do coração da Amazônia. Santarém, pra ser exata.

Uma assistente social — mulher trans, pra deixar bem claro — acaba de ser eleita delegada para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres. Um feito e tanto, considerando… bem, considerando tudo.

O nome dela é Bianca Silva. Trinta e poucos anos, e uma determinação que parece vir de outro mundo. Ela não só conquistou um lugar na etapa estadual, realizada em Belém no final de agosto, como garantiu seu lugar no evento nacional. Alguém duvida que ela vai representar com toda a força?

Uma Conquista que Vai Muito Além de um Assento

Isso aqui não é só sobre uma eleição. É sobre quebrar barreiras num lugar onde a diversidade ainda luta por espaço. O Baixo Amazonas não é exatamente um reduto de progressismo, vamos combinar. E ver uma mulher trans, uma profissional da assistência social, ocupando esse espaço… é potente.

Bianca já falou publicamente sobre a missão dela. E não é pequena: levar as demandas específicas das mulheres trans e travestis para o centro do debate nacional. Coisas como acesso à saúde, ao mercado de trabalho, e o simples — mas tão complicado — direito de existir sem violência.

“É sobre garantir que nossas vozes não sejam apenas ouvidas, mas sim consideradas”, ela disse, com uma convicção que dá até arrepio.

O Caminho até a Conquista

A etapa regional, em Santarém, foi só o primeiro passo. Lá, ela já mostrou serviço. Mas foi na seletiva estadual, aquela em Belém no final de agosto, que a coisa ficou séria. E deu certo.

Agora, a 5ª Conferência Nacional, marcada para dezembro em Brasília, espera por ela. Um palco maior, com decisões que podem, de fato, moldar políticas públicas. E Bianca Silva, de Santarém, estará lá. Dá orgulho só de pensar.

Isso me faz acreditar que, talvez, a gente esteja mesmo dando passos largos. Lentos? Às vezes. Mas largos. A representatividade importa. E quando ela vem de onde menos se espera, importa ainda mais.