
Em uma história que mistura amor, identidade e superação, um artista e uma analista contam como se conheceram durante uma recepção em uma república e hoje vivem um relacionamento transcentrado. O termo, ainda pouco conhecido, refere-se a casais em que pelo menos uma das pessoas é transgênero ou não binária, e a relação é construída com base no respeito mútuo às identidades.
O encontro que mudou tudo
Era uma noite comum de recepção na república quando os dois se viram pela primeira vez. "Foi amor à primeira vista, mas também uma conexão profunda de entender o que o outro passava", conta a artista, que prefere não revelar seu nome. O analista, que também optou pelo anonimato, completa: "Sabíamos que seria desafiador, mas o apoio um do outro fez toda a diferença".
Desafios do dia a dia
O casal enfrenta desde olhares curiosos até situações de preconceito velado. "As pessoas não entendem que nosso amor é como qualquer outro", desabafa a artista. Entre os maiores obstáculos estão a falta de compreensão sobre identidade de gênero e a dificuldade em encontrar espaços seguros.
O que é um relacionamento transcentrado?
Especialistas explicam que um relacionamento transcentrado é aquele que coloca as vivências trans no centro da dinâmica afetiva. "Não significa que a relação gira apenas em torno disso, mas que há um cuidado especial com as necessidades específicas de quem é trans", afirma uma psicóloga entrevistada.
Dicas para outros casais
O casal compartilha algumas lições aprendidas:
- Comunicação aberta sobre sentimentos e necessidades
- Paciência para educar amigos e familiares
- Busca por redes de apoio na comunidade LGBTQIA+
- Autocuidado individual e como casal
"No final, o que importa é o amor e o respeito", conclui o analista, enquanto segura a mão da parceira.