
O mundo da fotografia perdeu um de seus maiores nomes. Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro reconhecido internacionalmente por seu trabalho impactante, foi cremado nesta sexta-feira (30) em Paris, cidade onde residia.
Salgado, que completaria 82 anos em fevereiro, deixou um legado imensurável. Suas imagens em preto e branco, marcadas por um profundo humanismo, documentaram realidades sociais e ambientais em mais de 100 países.
Uma vida dedicada à arte
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado inicialmente seguiu carreira como economista. Foi apenas nos anos 1970 que descobriu sua paixão pela fotografia, mudando radicalmente seu rumo profissional.
Seu trabalho mais conhecido, "Gênesis", é um tributo à natureza intocada do planeta. O projeto levou oito anos para ser concluído e resultou em imagens que se tornaram ícones da fotografia contemporânea.
Reconhecimento internacional
Salgado recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira, incluindo o Prêmio Príncipe das Astúrias em 1998. Em 2014, sua vida e obra foram retratadas no documentário "O Sal da Terra", dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, seu filho.
A cremação ocorreu de forma privada, atendendo aos desejos da família. Ainda não há informações sobre possíveis homenagens públicas ao fotógrafo.