Lula Declara Luto Nacional de 3 Dias pela Morte de Luis Fernando Verissimo — Uma Perda Irreparável para a Cultura Brasileira
Lula decreta luto de 3 dias por Verissimo

E não é que o Brasil perdeu uma de suas vozes mais sagazes? Na manhã desta sexta-feira, 30 de agosto, o Palácio do Planalto emitiu um decreto que ecoa o luto de milhões: três dias de luto oficial pela morte de Luis Fernando Verissimo. Quem assina a medida é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva — um leitor confesso do cronista.

Verissimo, como todo mundo sabe, não era só um escritor. Era um contador de histórias do cotidiano, um mestre das crônicas que conseguia, com uma ironia fina e um humor único, falar de futebol, política, amores e desamores como ninguém. Tinha aquela coisa rara: conseguia ser profundo sem ser chato.

O governo federal, por meio de uma nota publicada no Diário Oficial da União, destacou a “relevância incomparável” do autor para a cultura nacional. Mas vai muito além de um texto burocrático — é sobre reconhecer que uma parte da identidade brasileira se foi junto com ele.

Mais do que palavras no papel

Nascido em Porto Alegre, Verissimo era filho do também escritor Érico Verissimo — herdou o talento, mas criou voz própria. E que voz. Quem nunca leu uma crônica dele e riu sozinho, ou pensou “pois é, é exatamente assim”?

Escreveu dezenas de livros, colunas em jornais de grande circulação, e até nas tirinhas do personagem As Cobras deixou sua marca. Sua obra é daquelas que atravessam gerações — do neto que lê pela primeira vez ao avô que relê com saudade.

O luto que une

O decreto presidencial vale para os três dias seguintes à publicação — ou seja, a máquina pública já se movimenta em respeito. Bandiras a meio mastro, silêncio solene em cerimônias… um gesto simbólico, sim, mas que diz muito sobre como Verissimo era visto até nos corredores do poder.

Lula, em particular, sempre demonstrou publicamente sua admiração pelo escritor. Não é todo dia que um presidente para tudo para decretar luto por um artista — e isso fala mais alto que discurso.

O que fica? Fica a prosa afiada, o humor que desarmava, a leveza que fazia a gente refletir sem nem perceber. Luis Fernando Verissimo partiu, mas suas palavras — ah, essas não saem de moda.

E o Brasil, mais uma vez, chora e celebra ao mesmo tempo. Como ele mesmo faria.