Indígenas Aplicam Justiça Própria e Capturam Assaltantes em Comunidade no Rio Arapiuns, Santarém
Indígenas capturam assaltantes em comunidade no Rio Arapiuns

Era para ser mais um dia tranquilo na comunidade do Rio Arapiuns, mas o silêncio da floresta foi quebrado por gritos de alerta. Dois homens armados invadiram a tranquilidade da Terra Indígena Cobra Grande, mas não contavam com a reação imediata dos moradores.

Os indígenas – ah, esses sim sabem fazer justiça com as próprias mãos – não pensaram duas vezes. Cercaram os suspeitos, desarmaram a dupla e os mantiveram presos até a chegada da Polícia Militar. Que cena, hein? Dois bandidos rendidos pela força comunitária de quem conhece cada palmo daquele território.

O que realmente aconteceu naquela tarde?

Por volta das 16h desta terça-feira (2), os dois suspeitos chegaram armados na comunidade. Pensaram que seria fácil, um assalto rápido e silencioso. Ledo engano. Os comunitários, ao perceberem a movimentação estranha, agiram com uma precisão que daria inveja a qualquer força de segurança treinada.

Imagino a cena: os assaltantes cercados por dezenas de indígenas, sem chance de fuga, entregando as armas sem resistência. As vítimas, felizmente, saíram ilesas – apenas o susto e a certeza de que a comunidade não se curva à criminalidade.

E depois? O que aconteceu com os detidos?

A PM chegou no local por volta das 18h30, segundo informações do comando local. Os dois homens foram levados para a delegacia de Santarém, onde o caso foi registrado como roubo majorado. Majorado por quê? Simples: estavam armados, obviamente.

O mais interessante – e isso sim é digno de nota – é que a comunidade não esperou passivamente pelas autoridades. Tomou as rédeas da situação, mostrou que a segurança coletiva ainda funciona quando há união. Algo raro nos dias de hoje, não?

O território indígena onde tudo aconteceu fica a cerca de 1h30 de barco da área urbana de Santarém. Distante geograficamente, mas muito perto quando o assunto é organização comunitária. Quem dera nossas cidades tivessem essa capacidade de resposta imediata.

Até agora, não há informações sobre a identidade dos suspeitos ou possíveis envolvimentos em outros crimes. A Polícia Civil deve investigar se a dupla age isoladamente ou faz parte de alguma organização criminosa. Mas uma coisa é certa: escolheram o lugar errado para cometer crimes.