
Quem diria que aquilo que muitos consideram apenas lixo pode virar o sustento de famílias inteiras? Em Várzea Grande, um grupo de catadores está mostrando que, com um pouco de apoio e muita determinação, é possível transformar resíduos em oportunidades reais.
A prefeitura local, percebendo o potencial desses trabalhadores — muitas vezes invisíveis — decidiu dar uma mãozinha. E não foi só com palavras: equipamentos de proteção, capacitação e até um espaço adequado para separação dos materiais foram providenciados. Resultado? A produtividade disparou.
Mais do que reciclagem: dignidade
"Antes a gente trabalhava no sol quente, sem estrutura nenhuma", conta Maria, uma das catadoras beneficiadas. Agora, com o galpão coberto e os equipamentos certos, o trabalho flui — e a renda também. "Dá pra tirar uns R$ 1.200 por mês", revela, orgulhosa.
Mas os benefícios vão além do financeiro. A iniciativa está mudando a forma como a comunidade enxerga esses profissionais. "A gente não é mais visto como 'catador de lixo', mas como alguém que ajuda o meio ambiente", reflete João, outro participante do projeto.
Impacto ambiental que faz diferença
Só pra ter ideia: em um mês, o grupo consegue desviar cerca de 30 toneladas de materiais recicláveis dos aterros. Isso equivale a:
- Preservar aproximadamente 120 árvores
- Economizar energia suficiente para abastecer 15 casas por um mês
- Reduzir a emissão de CO2 em níveis equivalentes a tirar 50 carros das ruas
Não é pouca coisa, né? E o melhor: a prefeitura já estuda expandir o projeto para outras regiões da cidade. Afinal, quando todos ganham — trabalhadores, comunidade e meio ambiente —, por que não investir mais?
Quem passa pelo galpão de triagem hoje vê muito mais do que plástico, papel e metal. Vê esperança sendo construída, peça por peça. E isso, convenhamos, não tem preço.