
Eis que o cinema brasileiro dá mais um passo gigantesco no cenário internacional — quem diria que um documentário tão visceral, tão nosso, iria ecoar do outro lado do mundo? O filme Ainda Estou Aqui, que já mexeu com tantos corações por aqui, acaba de ser indicado ao Golden Rooster Award, simplesmente o maior prêmio cinematográfico da China.
Não é pouca coisa, gente. O Golden Rooster é tipo o Oscar deles — uma honraria que qualquer cineasta sonharia em ter na prateleira. E olha que a competição é ferrenha, com produções de todo o planeta brigando por uma indicação.
Uma história que dói — mas que renasce
O documentário mergulha fundo na tragédia que abalou Brumadinho em 2019. Lembram? Aquele rompimento da barragem da Vale que ceifou tantas vidas e deixou marcas profundas. Pois é, o filme não foge da dor, mas — e aqui está o pulo do gato — ele mostra a incrível capacidade humana de se reerguer.
Os diretores conseguiram capturar algo raro: a resiliência pura. Não aquela palavra bonita de discurso motivacional, mas a resiliência de verdade, suada, cheia de lágrimas e, ainda assim, esperançosa. As cenas são duras, é claro, mas necessárias. Quase como um soco no estômago que te faz acordar para a realidade.
O que significa essa indicação?
Bom, para além do óbvio reconhecimento artístico, isso fala sobre algo maior: a universalidade da dor e da superação. Os chineses, assim como nós, entendem perfeitamente o que é lidar com tragédias ambientais — infelizmente, é uma linguagem que o mundo todo começa a compreender.
- Visibilidade internacional: O filme ganha holofotes num mercado cinematográfico gigantesco
- Diálogo global: Abre espaço para conversas importantes sobre responsabilidade corporativa
- Inspiração: Mostra que produções independentes brasileiras têm qualidade de sobra
E tem mais — essa indicação chega num momento crucial, em que o cinema nacional precisa tanto de bons ventos. Depois de tantos cortes e dificuldades, um respiro assim é mais que bem-vindo; é revitalizante.
O que esperar da cerimônia?
A premiação acontece em Xangai, com toda aquela pompa que os chineses sabem fazer tão bem. Será uma noite de gala, com diretores, produtores e estrelas do cinema mundial. Imagina só — um documentário brasileiro no meio dessa festa toda!
Torçam muito, pessoal. Porque quando a arte brasileira brilha lá fora, é uma vitória de todos nós. E convenhamos — depois de tudo o que passamos, merecemos algumas boas notícias, não é mesmo?
O resultado sai no próximo mês, mas já podemos comemorar. Afinal, chegar até aqui já é ganhar. Como diz o próprio título do filme: ainda estamos aqui — e agora, mais visíveis do que nunca.