O ano de 2025 foi marcado por performances teatrais excepcionais que cativaram o público e a crítica. Quatro atores se destacaram de forma notável, cada um à frente de um monólogo poderoso que dependeu, acima de tudo, de sua força cênica e entrega no palco. A coluna GENTE, da revista VEJA, fez uma retrospectiva dos trabalhos de Gregório Duvivier, Débora Falabella, José de Abreu e Danielle Winits, que brilharam em produções que vão da comédia à profunda reflexão existencial.
Os monólogos que conquistaram plateias e prêmios
Gregório Duvivier apresentou O Céu da Língua, um espetáculo dirigido por Luciana Paes que mistura stand-up comedy e poesia falada. A peça investiga a presença sutil da poesia no dia a dia, provocando o público a pensar sobre o poder e a beleza das palavras. O sucesso foi tamanho que a turnê pelo Brasil e Portugal reuniu mais de 60 mil espectadores. Pela sua atuação, Duvivier foi agraciado com o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Ator em Peça de Teatro.
Em Prima Facie, Débora Falabella encenou seu primeiro solo teatral, sob a direção de Yara de Novaes. A montagem aborda temas urgentes de gênero e justiça através da história de Tessa, uma bem-sucedida advogada criminalista confrontada com um dilema ético e pessoal devastador. A performance de Falabella foi amplamente aclamada pela crítica especializada.
Intensidade emocional e reflexão contemporânea
José de Abreu mergulhou no complexo papel de Charlie, na peça A Baleia, do dramaturgo norte-americano Samuel D. Hunter. Interpretando um homem obeso em busca de reconexão com a filha, Abreu ofereceu uma atuação intensa e comovente, que foi destaque em uma reportagem da coluna GENTE, gravada diretamente em seu camarim.
Fechando o quarteto de destaques, Danielle Winits estrelou CHOQUE! Procurando Sinais de Vida Inteligente, sob a direção de Gerald Thomas. O espetáculo, que funde teatro e performance, propõe uma reflexão sobre a busca por significado e conexão genuína no mundo atual. A peça teve sua estreia nacional em outubro de 2025, no Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Outros espetáculos que também merecem menção
Além dos quatro monólogos principais, a coluna GENTE fez menção honrosa a outras produções que vibraram as plateias em 2025. Os musicais Wicked e Mamma Mia continuaram a fazer sucesso. Também foram citadas as peças Brilho Eterno, com Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller, e Três Mulheres Altas, estrelada por Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill.
O que une os trabalhos de Duvivier, Falabella, Abreu e Winits é a demonstração de que o teatro de um ator só, quando aliado a textos potentes e direções precisas, continua sendo uma das formas mais impactantes e diretas de comunicação artística, capaz de mobilizar milhares de pessoas em torno de histórias e ideias fundamentais.