Talentos da Dança de Itapetininga Conquistam Palcos Internacionais: Brasil Será Representado na Itália e Reino Unido
Bailarinos de SP representam Brasil na Europa

Quem disse que as grandes estrelas só brilham nas capitais? Itapetininga, aquela cidade do interior paulista que muitos nem sabem pronunciar direito, está prestes a colocar o nome do Brasil no mapa mundial da dança. E olha que não é pouco não.

Um grupo de jovens bailarinos — sim, do interior mesmo — está com as malas praticamente prontas para uma aventura que vai mudar suas vidas. Eles embarcam em outubro para a Itália, seguindo depois para o Reino Unido. Não é turismo, claro. Vão competir em festivais internacionais de dança, representando nosso país com toda a garra que só o brasileiro tem.

Do estúdio local para o mundo

A Escola de Dança Patricia Miler, que funciona há 25 anos na cidade, é o berço desse talento todo. Patrícia, a professora, quase não acredita. "A gente trabalha duro aqui, longe dos holofotes das grandes companhias. Ver meus alunos tendo essa oportunidade... é de emocionar qualquer um", conta, com a voz embargada de orgulho.

São 18 bailarinos no total — uma mistura de experiências, com idades entre 12 e 23 anos. Eles vão apresentar coreografias em estilos variados: ballet clássico, dança contemporânea e até mesmo jazz. Uma verdadeira mostra da versatilidade artística brasileira.

Calendário cheio de emoção

A primeira parada é em Lignano Sabbiadoro, na Itália, entre 23 e 27 de outubro. Depois, rumo a Londres, no Reino Unido, de 29 de outubro a 2 de novembro. Dois festivais diferentes, duas culturas distintas, um mesmo objetivo: mostrar que a dança brasileira tem muito a oferecer ao mundo.

E sabe o que é mais bonito nessa história? A maioria desses jovens nunca pisou fora do país. Muitos nem mesmo viajaram de avião antes. Imagina a mistura de ansiedade, medo e euforia?

Mais que passos de dança

O que esses jovens carregam não são apenas coreografias ensaiadas até a exaustão. Eles levam nas malas — e no coração — histórias de superação, disciplina e muito, muito suor. Enquanto muitos adolescentes passavam as tardes no shopping ou nas redes sociais, eles estavam no estúdio, repetindo movimentos até ficarem perfeitos.

"A gente treina seis dias por semana, às vezes até nos feriados", conta uma das bailarinas, com aquela mistura de cansaço e paixão no olhar. "Mas quando você ama o que faz, nem sente o tempo passar."

E os preparativos para a viagem? Bem, isso é uma história à parte. Além dos ensaios intensivos, tem toda a papelada, vistos, passagens, hospedagem... Uma verdadeira operação de guerra que envolve famílias inteiras e a comunidade.

O apoio que faz diferença

A prefeitura de Itapetininga entrou na dança — com o perdão do trocadilho — e está custeando parte das despesas. Empresas locais também abraçaram a causa, patrocinando uniformes, acessórios e outros custos. É aquela coisa linda de ver: quando uma comunidade se une para apoiar seus talentos.

E os planos não param por aí. Se derem certo nessas competições — e tudo indica que vão — já tem conversas sobre participação em outros festivais pelo mundo. Quem sabe não é o início de uma carreira internacional para alguns desses jovens?

No final das contas, essa história vai muito além da dança. É sobre sonhos que pareciam distantes demais para jovens de uma cidade do interior. Sobre perseverança que transforma o impossível em realidade. E, principalmente, sobre como a arte tem o poder incrível de abrir portas — e fronteiras.

Boa sorte, pessoal! O Brasil todo torce por vocês.