Operação de Resgate Liberta Aves Silvestres de Cativeiro Ilegal em Tocantins: Multa Ultrapassa R$ 9 Mil
Resgate liberta aves silvestres de cativeiro irregular em TO

Imagine abrir a porta de uma casa comum, dessas com jardim e garagem, e se deparar com uma cena que mais parece um mini zoológico clandestino. Foi exatamente isso que agentes ambientais encontraram durante uma operação de rotina – ou melhor, nem tão rotina assim – em endereços residenciais de Araguaína, no norte do Tocantins.

Pois é. A coisa foi séria. Uma força-tarefa que reuniu o Ibama e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental botou a mão na massa – ou nas gaiolas, pra ser mais exato – e resgatou nada menos que 33 aves silvestres que viviam longe do seu habitat natural. E olha, a lista de bichos era das mais variadas: canários-da-terra, coleiros, curiós, trinca-ferros e até um cardeal, todos vivendo em condições que, francamente, deixavam muito a desejar.

Não era um criadouro autorizado, longe disso

A situação era claramente irregular, para não usar outro termo mais forte. Os animais estavam sendo mantidos sem a menor condição de bem-estar, sabe? Gaiolas inadequadas, falta de espaço... uma tristeza. E o pior: os donos não tinham a documentação necessária, aquela autorização do Ibama que prova que a criação é legalizada. Ou seja, era cativeiro mesmo, sem direito a defesa.

Resultado? Os responsáveis pelas propriedades onde as aves foram encontradas levaram um belo de um susto na forma de autuação por maus-tratos e por manter animais da fauna silvestre em cativeiro sem a devida permissão. A multa aplicada somou R$ 9.200,00 – uma bela quantia que serve de alerta para quem acha que pode simplesmente pegar um bicho da natureza e trancar em casa.

E agora, o destino dos pássaros

Mas e os pássaros, o que será deles? Segundo os agentes, os animais passaram por uma avaliação e, felizmente, a maioria estava em condições de voltar para casa. Ou melhor, para o seu verdadeiro lar: a natureza. Eles serão reintroduzidos em áreas de preservação ambiental, onde poderão cantar, voar e viver livres, como sempre deveria ter sido.

Aqueles que, porventura, não estiverem em condições plenas de saúde – porque a vida em cativeiro às vezes deixa sequelas – serão encaminhados para centros especializados de reabilitação. Lá, vão receber todos os cuidados necessários até que estejam prontos para alçar voo.

Essa operação, que pode parecer pequena para alguns, é um recado importante. Ela mostra que o poder público – pelo menos uma parte dele – está de olho. Manter animal silvestre em casa não é brincadeira, não é um hobby inofensivo. É crime, ponto final. E as consequências, como se vê, podem ser duras tanto para o bolso quanto para a consciência.