
Era um daqueles dias em que o rio parecia estar conspirando para surpreender. O sol já começava a se despedir do céu quando o pescador — vamos chamá-lo de João, porque no fim das contas, quem importa aqui são os verdadeiros protagonistas — avistou algo que faria até o mais cético duvidar dos próprios olhos.
Dois peixes, nadando lado a lado, pararam de repente. E então... ploc! Boca com boca, como se estivessem ensaiando para uma novela das seis. "Pensei que estava ficando maluco", confessou João depois, ainda meio sem acreditar.
Beijo ou briga?
Os biólogos ouvidos para explicar a cena — que mais parece saída de um conto de fadas subaquático — têm duas teorias. A primeira: pode ser um ritual de acasalamento, desses que deixariam até os cupidos com inveja. A segunda (e menos romântica): uma disputa territorial, onde o "beijo" seria na verdade uma mordida disfarçada.
"Na natureza, nem tudo é o que parece", alerta a Dra. Marina Silva, especialista em comportamento animal. "O que para nós humanos seria um gesto de carinho, entre algumas espécies de peixes pode significar algo completamente diferente."
Um registro para a história
Seja romance, seja briga, o fato é que João — munido apenas de um celular não tão top de linha — conseguiu registrar o momento fugaz. As imagens, meio tremidas, mas nítidas o suficiente, já circulam entre pescadores da região e viraram assunto nos botecos locais.
"Trabalho há 20 anos com pesca esportiva e nunca tinha visto nada parecido", comenta o guia de pesca Carlos Alberto, enquanto ajusta o boné e solta uma risada. "Agora toda vez que vir dois peixes juntos, vou ficar de olho."
E você, leitor? Apostaria no amor ou na guerra? Seja qual for a resposta, uma coisa é certa: a natureza nunca cansa de nos surpreender — mesmo quando a gente menos espera.