Imagine entrar numa igreja e ver, ao lado dos bancos tradicionais, cachorros, gatos e até mesmo um coelho tranquilo participando da celebração. Pois essa cena encantadora — e um tanto incomum — aconteceu pra valer em Presidente Prudente.
Aconteceu na quinta-feira (3), sabe? A Paróquia São Francisco de Assis, que já tem o santo dos animais como padroeiro, resolveu fazer a coisa direito. Organizaram uma missa especial onde os pets não eram apenas permitidos, mas verdadeiramente bem-vindos.
Uma celebração que vai direto ao coração
O padre José Carlos de Oliveira, que comandou a cerimônia, explicou a ideia com uma simplicidade que cativa: "São Francisco nos ensina a cuidar da criação divina". E completou, com aquela convicção que só os verdadeiros amantes dos animais entendem: "Esses bichinhos também são criaturas de Deus, merecem nosso carinho e respeito".
O ambiente na igreja era algo especial — dava pra sentir no ar. Os animais, todos muito bem-comportados, pareciam entender que estavam num lugar diferente. Uns deitados calmamente, outros apenas observando com aquela curiosidade canina ou felina que tanto nos encanta.
Momentos que emocionam
O ponto alto — e que arrancou suspiros e sorrisos de todos — foi a bênção especial. Cada animal recebeu individualmente as preces do padre. Os donos, visivelmente emocionados, acompanhavam tudo com aquela mistura de orgulho e gratidão que só quem ama um bichinho de estimação conhece.
Uma das participantes, Maria Aparecida Silva, chegou com seu cachorro Thor — um vira-lata cheio de personalidade. Ela contou, com os olhos brilhando: "É a primeira vez que trago meu companheiro. Ver ele sendo abençoado... não tem preço".
E não eram só cães não! Tinha gato, tinha coelho, cada um com sua peculiaridade, todos compartilhando aquele momento de fé e comunhão.
Uma tradição com significado profundo
Essa celebração anual — que já virou tradição na cidade — acontece sempre perto do dia 4 de outubro. Essa é a data que a Igreja Católica reserva para celebrar São Francisco de Assis, aquele santo italiano que no século XIII já pregava o amor por todas as criaturas.
O que me faz pensar: numa época de tantos conflitos e problemas, que alívio encontrar espaços onde o amor incondicional — especialmente o que vem desses seres de quatro patas — é celebrado e abençoado.
A iniciativa, diga-se de passagem, foi um sucesso completo. Mostrou que fé e compaixão podem — e devem — se estender a todos os seres. Quem sabe não inspira outras comunidades a abrirem suas portas (e seus corações) para essas celebrações tão especiais?
No final das contas, o que ficou foi a certeza de que, pelo menos por uma noite, o reino dos céus esteve um pouquinho mais perto de Presidente Prudente — e tinha rabo abanando para provar.
