Não é todo dia que o mar devolve uma cena tão triste — mas quando acontece, é de cortar o coração. Na terça-feira, 20, e quarta, 21 de agosto, as praias do litoral catarinense amanheceram diferentes. E não era por causa do vento ou da maré.
Mais de 200 pinguins, a maioria da espécie de Magalhães, foram encontrados sem vida. Sim, duzentos. Em apenas 48 horas.
O que está por trás disso? Ainda não se sabe ao certo, mas os especialistas já trabalham com algumas hipóteses. Correntes marítimas mais fortes, alterações na temperatura da água ou até mesmo a falta de alimento podem ter levado esses animais à exaustão — e, tragicamente, à morte.
Uma corrida contra o tempo
Os primeiros registros foram feitos por banhistas e pescadores, que não hesitaram em acionar o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP). E olha, a situação é preocupante. Só na terça, 21 de agosto, foram recolhidas 130 carcaças. Um dia antes, outras 74.
“É um número significativo”, admitiu uma pesquisadora, que preferiu não se identificar. “Cada episódio assim é um alerta.”
Além dos pinguins: outros animais também foram afetados
E não parou por aí. Entre as vítimas do mesmo período, estavam também:
- Duas tartarugas-verdes
- Uma ave marinha
- Um leão-marinho
Isso tudo só reforça a tese de que algo anômalo está ocorrendo no ecossistema marinho local — e que merece atenção urgente.
Será que eventos como este podem se repetir? Tudo depende de como respondermos agora. Monitorar, pesquisar e, claro, agir.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: quantos mais virão?
