Mordida de cachorro: veterinária revela o passo a passo para agir e evitar tragédias
Como agir em ataques de cachorro: guia prático

Imagine só: você tá na rua, de boa, quando de repente um cachorro avança. O coração dispara, as pernas tremem — e agora? O que fazer? A veterinária Dra. Ana Lúcia Mendes, com 15 anos de experiência em comportamento animal, desvenda o manual de sobrevivência que ninguém te contou.

O instinto errado que piora tudo

Correr? Péssima ideia. Gritar? Pior ainda. "A maioria das vítimas pisa na bola sem querer", explica a especialista, enquanto ajusta os óculos. "Quando você vira as costas, ativa o instinto predador do animal. É como acender um farol vermelho pra um touro."

Os 3 passos que salvam

  1. Vire uma estátua — sim, congele no lugar. Cães leem movimento como ameaça
  2. Desvie o olhar — encarar é desafio na linguagem canina (e olha que eles levam a sério)
  3. Vire de lado — postura estreita parece menos intimidante pra eles

Mas e se o bicho já mordeu? Aí a coisa aperta. "Nunca puxe o membro", alerta Dra. Ana, com a voz firme de quem já viu estragos. "A mordida funda rasga mais quando você força." Em vez disso, empurre levemente contra a boca do animal — contra-intuitivo, mas eficiente.

Kit de emergência que cabe no bolso

  • Água corrente: lava 70% das bactérias antes mesmo do curativo
  • Sabão neutro: o herói esquecido contra infecções
  • Compressa limpa: nada de panos duvidosos do fundo da bolsa

Dados do CRMV-SP mostram que 60% dos ataques acontecem com animais conhecidos. "O cachorro do vizinho, o do primo...", enumera a veterinária, fazendo cara de quem já ouviu cada história. A lição? Nunca subestime um animal, mesmo os "bonzinhos".

Ah, e aquela história de ver raiva em espuma na boca? "Lenda urbana", dispara ela. "Sintomas reais são mais sutis — desorientação, agressividade sem motivo." Fica a dica.