Era um dia como qualquer outro em Porto Alegre — até que o inesperado aconteceu. Aquele abraço apertado, aquele latido que mais parecia um choro de alegria. Quem viu, não segurou as lágrimas.
Depois de 14 longos meses separados pelas águas violentas que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024, Thor — um vira-lata caramelo de 5 anos — e seu humano, Carlos Mendes, finalmente se reencontraram. E olha, não foi coisa pequena.
O drama das águas
«Parecia filme de catástrofe», lembra Carlos, ainda emocionado. Quando a enchente atingiu o bairro Humaitá em maio do ano passado, ele teve que sair às pressas — sem conseguir levar Thor, que havia sumido no caos.
O que se seguiu foi um ano e dois meses de buscas incessantes. Cartazes, redes sociais, abrigos de animais... Até que, na semana passada, o milagre: uma voluntária reconheceu Thor num abrigo em Canoas.
O reencontro
Quando Carlos entrou no pátio do abrigo, Thor — que até então estava deitado — levantou as orelhas como se tivesse levado um choque. O resto foi pura magia:
- O cachorro correu como se não houvesse amanhã
- Pulou no colo do tutor com força quase suficiente para derrubá-lo
- Lambia o rosto de Carlos enquanto chorava — sim, os dois choravam
«Ele reconheceu na hora», conta Mariana, a voluntária que fez a ponte. «Não teve dúvida, foi direto. Até os outros cachorros do abrigo ficaram quietos, como se entendessem a importância do momento.»
E os detalhes que fazem a diferença? Thor ainda lembrava o comando de «dar a pata» — algo que Carlos tinha ensinado quando ele era filhote. Coisa de deixar qualquer um com um nó na garganta.
Lições no caos
Essa história vai além do reencontro fofo (que já valeria a notícia). Revela a resistência dos animais — e dos laços que criamos com eles. Thor sobreviveu:
- Ao trauma da enchente
- Ao tempo nas ruas
- Ao sistema de abrigos
E ainda assim manteve viva a memória do dono. Não é pra menos que o vídeo do reencontro já tem meio milhão de visualizações — e uma enxurrada de comentários emocionados.
«Isso mostra que, mesmo no meio do caos, algumas histórias têm final feliz», reflete Carlos, agora com Thor roncando no sofá ao seu lado. Desta vez, juntos para sempre.
