
Numa noite que prometia ser como qualquer outra no bairro de São Cristóvão, em Salvador, o barulho de tiros cortou o ar como uma faca quente na manteiga. Era por volta das 22h de segunda-feira (28) quando a ação da Polícia Militar — que deveria trazer segurança — acabou virando o pesadelo de clientes e moradores.
Segundo testemunhas (que preferiram não se identificar, claro), os PMs chegaram "como um rojão em festa junina", atirando pra todo lado dentro do bar. Uma mulher, que só queria tomar sua cerveja em paz, acabou levando um tiro na perna. O sangue escorrendo no chão de cimento queimado virou cenário de filme de terror.
O que diabos aconteceu?
A versão oficial — aquela que a gente sempre desconfia — diz que os policiais reagiram a uma "ameaça não especificada". Mas os frequentadores do local juram de pé junto que não viram nenhum bandido, só gente comum assustada correndo pra se esconder atrás de mesas e geladeiras.
A vítima, uma mulher de 32 anos que ninguém soube me dizer o nome direito (porque nessas horas a informação some feito pó no vento), foi levada pro Hospital Geral do Estado. Estável, graças a Deus, mas com um trauma que não sai tão fácil quanto a bala.
E a PM? Cadê a explicação?
Ah, a corporação soltou aquele comunicado padrão — sabe como é — dizendo que "apura com rigor os fatos". Enquanto isso, na vida real, os vizinhos ficam se perguntando se amanhã pode ser a vez deles. Um senhor de 60 anos, dono de uma vendinha ali perto, me confessou: "Tô com mais medo da polícia que de ladrão". Dá pra acreditar?
O caso tá sendo investigado — ou pelo menos é o que dizem — pela Corregedoria da PM. Mas você conhece o ditado: justiça que vem de madrugada...
Enquanto isso, Salvador acumula mais um episódio violento na sua já extensa lista. A cidade, que deveria ser terra de alegria, vai virando palco de um faroeste sem mocinho. E o povo? O povo segue pagando o pato — ou melhor, levando os tiros.