
Não deu outra. Mais um dia comum na selva de pedra carioca, onde o perigo espreita em cada esquina. Por volta das 7h desta segunda-feira (28), um motorista de van — desses que vivem no corre, transportando trabalhadores — levou um susto que não estava no script.
Na altura do bairro de Vila da Penha, Zona Norte do Rio, dois caras encapuzados resolveram fazer a festa. Chegaram de repente, armados até os dentes, e exigiram o que não era deles. O motorista, que prefere não se identificar (e quem pode culpá-lo?), reagiu na hora. Má ideia.
"Bum! Bum!" — dois disparos ecoaram pela rua ainda vazia. Um acertou o braço do homem; o outro, por sorte ou milagre, errou feio. Os bandidos, vendo que a coisa ia ficar feia, meteram o pé sem levar nada. Típico: muito barulho por nada.
Correria e socorro
Enquanto isso, o motorista, sangrando feito um porco no chiqueiro, conseguiu acionar a polícia. Os PMs chegaram em tempo recorde — coisa rara, diga-se de passagem — e o levaram pro Hospital Estadual Albert Schweitzer. Lá, os médicos deram a notícia boa: ferimento feio, mas nada grave. Vai ficar com história pra contar.
Moradores da região, já acostumados com esse cinema, só balançaram a cabeça. "Aqui é assim mesmo", comentou um senhor que viu tudo da janela. "Todo dia é um sete por um." Não é pra menos. Só neste mês, já foram 5 assaltos no mesmo quarteirão. Cadê a segurança pública? Boa pergunta.
E agora, José?
A Delegacia de Homicídios (DH) assumiu o caso — porque, convenhamos, podia ter terminado muito pior. Os investigadores estão atrás das câmeras de segurança da região, mas adivinha? Metade não funciona. Surpresa zero.
Enquanto isso, o motorista — um pai de família de 42 anos — se recupera em casa. "Só quero esquecer esse pesadelo", disse ele, ainda pálido. Mas esquecer não resolve, né? Até quando vamos viver nesse filme de terror sem final feliz?