Menores assaltam na orla de Ondina: população reage com revolta e medo
Menores assaltam na orla de Ondina; população em pânico

Não é de hoje que a orla de Ondina, em Salvador, virou palco de uma situação que tira o sossego de quem passa por lá. Adolescentes — muitos deles menores de idade — estão aterrorizando moradores e turistas com assaltos cada vez mais ousados. E o pior? A sensação de impunidade só aumenta.

"Parece que virou moda", desabafa uma vendedora ambulante que prefere não se identificar. Ela já perdeu as contas de quantos furtos presenciou só neste mês. "Eles agem em grupo, rápido, e somem antes de qualquer reação."

Ondina em alerta

Os relatos se multiplicam nas redes sociais. De celulares arrancados à mão armada até agressões físicas — a criatividade dos meliantes parece não ter limites. E a reação da população? Uma mistura explosiva de indignação e medo.

Alguns comerciantes já improvisaram sistemas de vigilância caseiros. Outros evitam circular sozinhos após o pôr do sol. "Aqui virou terra sem lei", protesta um frequentador assíduo da orla, enquanto ajusta o passo para voltar para casa antes do anoitecer.

O que dizem as autoridades?

Promessas não faltam. A Secretaria de Segurança Pública garante que está monitorando a situação e que vai intensificar o policiamento na região. Mas será que isso basta? Enquanto isso, os números continuam subindo — e a população segue sem saber ao certo em quem confiar.

Curiosamente (ou não), muitos dos adolescentes envolvidos já têm passagem pela delegacia. O que levanta aquela velha questão: cadê as medidas socioeducativas que deveriam funcionar? Parece que o sistema preferiu dar uma bela cochilada.

Enquanto a discussão sobre maioridade penal volta à tona — como sempre acontece nesses casos —, os moradores fazem o possível para se proteger. Alguns já criaram grupos de WhatsApp para alertar sobre a movimentação suspeita. Outros simplesmente evitam a região.

Uma coisa é certa: a orla de Ondina nunca mais será a mesma. E o preço da insegurança? Todos nós estamos pagando — alguns literalmente, com seus pertences.