
Era pra ser apenas mais uma parada de ônibus qualquer no bairro de Cruz das Armas, Zona Leste de João Pessoa. Mas o que moradores encontraram na manhã desta quinta-feira (11) foi uma cena que vai ficar marcada na memória de quem passou por ali — um homem, sem vida, recostado no banco do ponto.
Segundo informações que circulam entre os vizinhos, o corpo foi localizado por volta das 7h da manhã, quando o movimento do bairro começava a ganhar os primeiros fluxos do dia. "A gente nem queria acreditar", comentou uma testemunha que preferiu não se identificar. "É algo que choca, né? Um lugar onde a gente passa todo dia..."
O que se sabe até agora
A Polícia Militar foi acionada primeiro e isolou a área — aquela cena já conhecida da fita amarela que separa o cotidiano do extraordinário. A perícia técnica do Instituto de Criminalística da Paraíba não perdeu tempo e esteve no local para fazer a remoção do corpo e coletar possíveis evidências.
Detalhe importante: até o momento, não há sinais de violência aparente. Mas é cedo demais para tirar conclusões, como me disse um conhecido que trabalha com segurança pública. "Às vezes, a história que o corpo conta não é a que a gente vê de primeira", ele ponderou.
Quem era ele?
Eis a pergunta que fica no ar — e na investigação. A identidade do homem ainda é desconhecida. Ele aparentava ter entre 40 e 50 anos, vestia roupas simples e estava sozinho. Nada de documentos, nada que indicasse de onde veio ou para onde iria.
A Polícia Civil assumiu o caso e deve seguir com as investigações. Eles vão verificar câmeras de segurança da região — se é que existem — e conversar com mais testemunhas. É daquelas situações em que qualquer detalhe, por menor que seja, pode fazer diferença.
Enquanto isso, o ponto de ônibus já foi liberado. A vida seguiu, como sempre segue. Mas a pergunta fica: o que aconteceu naquela parada, na noite anterior ou na madrugada? Alguém viu? Alguém sabe?
O caso lembra uma triste realidade que muitas vezes passa despercebida nas cidades — a solidão, a vulnerabilidade de tantas pessoas que ficam à margem dos nossos olhares. Uma história que termina num ponto de ônibus, sem explicação. Por enquanto.