
As câmeras de segurança não mentem — e foi isso que tornou possível desvendar uma das cenas mais perturbadoras dos últimos tempos em Governador Valadares. Dois homens, fingindo ser entregadores de aplicativo, foram flagrados momentos antes de cometerem um assassinato brutal contra uma mulher que sequer desconfiou da armadilha.
Parece coisa de filme, mas é a realidade crua que assombra moradores da Rua Joaquim Ribeiro, no bairro Vila do Sol. A vítima, ainda não identificada oficialmente, abriu a porta confiando no uniforme e na caixa que os criminosos carregavam. Minutos depois, estava morta.
As imagens que mudaram tudo
As filmagens — que correm sigilo absoluto — mostram os suspeitos agindo com frieza e planejamento. Eles chegam a trocar olhares rápidos antes de tocar a campainha, como se confirmassem o passo a passo de um roteiro macabro. Um deles segura uma encomenda aparentemente comum, enquanto o outro fica levemente atrás, vigiando a rua.
Nada na cena — a princípio — parecia anormal. E talvez seja isso o que mais assuste: a naturalidade com que se aproximaram.
Não foi aleatório
A Polícia Civil já trabalha com a hipótese de que o crime foi encomendado. A forma como os homens agiram, a escolha do disfarce, a rapidez com que fugiram… Tudo indica que sabiam exatamente o que estavam fazendo e contra quem.
Não foi um assalto que deu errado. Não foi um crime passional — pelo menos não ao pé do ouvido das primeiras investigações. Foi execução. Alguém mandou matar aquela mulher.
E olha… Isso deixa qualquer um com arrepios. Porque significa que mesmo dentro de casa, recebendo uma entrega rotineira, você pode estar sendo alvo.
Como a polícia está correndo atrás
Os investigadores estão analisando cada pixel das imagens. A qualidade não é das melhores — quem já viu gravação de câmera de segurança sabe como é —, mas já dá para ter uma noção do perfil dos criminosos: homens jovens, com capuz parcialmente cobrindo o rosto, e roupas escuras.
Eles fugiram a pé, desaparecendo entre as ruas próximas. Será que eram de Valadares? Ou vieram de fora? Ninguém sabe ainda.
Uma coisa é certa: a polícia não vai sossegar enquanto não prender quem fez isso. E a população — assustada, claro — está de olho.
O recado que fica
Todo mundo tá se perguntando: como se proteger de golpes assim? Não tem resposta fácil. Desconfiar de tudo e de todos? Não receber entregas? Também não dá.
Talvez o caminho seja redobrar a atenção — verificar a placa da moto, o nome do entregador no app, não abrir a porta completamente se estiver sozinho em casa. Pequenos cuidados que, em situações assim, podem fazer toda a diferença.
Enquanto isso, a cidade respira apreensão. E a pergunta que não cala: quem seria a próxima vítima?